Você sabe quais são os repelentes caseiros que funcionam? confira

Com o aumento alarmante dos casos de dengue em diversas regiões do Brasil, muitas pessoas recorrem a repelentes caseiros. Essa é alternativa na tentativa de se protegerem contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus. No entanto, especialistas alertam que nem todas essas soluções são eficazes e seguras.

As receitas caseiras, compartilhadas em redes sociais e disseminadas de boca em boca, muitas vezes prometem uma proteção contra os mosquitos, mas carecem de comprovação científica de sua eficácia. Alguns desses repelentes incluem ingredientes como citronela, óleo de cravo-da-índia, vinagre de maçã, entre outros.

Entenda se esses repelentes são realmente eficientes

Embora esses ingredientes possam ser utilizados na composição de repelentes industriais, a forma como são manipulados em casa não garante a mesma efetividade. A infectologista Silvana Barros, chefe do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção da Rede Mater Dei de Saúde, ressalta que a falta de controle na manipulação desses produtos caseiros impede qualquer garantia de proteção contra picadas de mosquito.

Segundo os especialistas, a eficácia dos repelentes caseiros é variável e não há estudos que comprovem sua capacidade de repelir o Aedes aegypti. Além disso, o uso dessas soluções pode acarretar em outros problemas, como reações alérgicas, devido à ausência de testes prévios e padronização na sua produção.

Em contrapartida, os repelentes industriais têm sua eficácia comprovada e são recomendados pelas autoridades de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a Icaridina como um dos componentes mais eficientes, oferecendo uma proteção prolongada que pode durar de 5 a 12 horas.

Além dos repelentes, medidas de prevenção como eliminar possíveis focos de reprodução do mosquito, como água parada em recipientes, e o uso de telas mosquiteiras também são importantes para evitar a proliferação da dengue.

Outras maneiras de se prevenir contra a dengue

Outra estratégia fundamental na luta contra a doença é a vacinação. Atualmente, existem duas vacinas aprovadas para a dengue no Brasil: a Dengvaxia, da Sanofi, e a QDenga, da Takeda. Esta última está sendo disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que registra o maior número de hospitalizações por dengue.

Diante do atual cenário de epidemia de dengue, é crucial que a população esteja bem informada sobre as medidas eficazes de prevenção, priorizando o uso de repelentes industriais comprovadamente seguros e eficazes, além de adotar medidas de controle ambiental e buscar a vacinação, quando disponível. A prevenção é a melhor forma de combater a propagação da doença e proteger a saúde de todos.