Polícia Civil do RN iniciam paralisação e fecham delegacias a partir de hoje (23/04)

Nesta terça-feira (23/04), as delegacias de todo o estado do Rio Grande do Norte amanheceram fechadas ao público, marcando o início de uma paralisação por parte dos policiais civis. A decisão foi tomada após uma assembleia realizada na noite de segunda-feira (22/04), na qual a categoria optou pela paralisação em resposta à falta de acordo nas negociações com o governo estadual. As reivindicações incluem questões salariais e melhorias nas condições de trabalho.

Com a paralisação, nenhum serviço será realizado nas delegacias, incluindo aquelas que operam em regime de plantão. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança do RN (Sinpol), Nilton Arruda, afirmou que a categoria está unida na decisão de paralisar todas as atividades, inclusive o cadastro de boletins de ocorrência online, que necessitam de homologação por parte dos policiais civis.

deam parnamirim
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Delegacias Fechadas e População Desassistida

O impacto da paralisação já é sentido pela população, com diversas delegacias fechadas em diferentes regiões do estado. Em Macaíba, na Grande Natal, a delegacia estava fechada ao público há cerca de uma semana, segundo relatos de moradores. Na capital, Natal, a situação se repete, com a 1ª Delegacia de Polícia Civil e outras unidades nos bairros também fechadas durante a manhã.

A paralisação dos policiais civis é resultado da falta de acordo nas negociações com o governo do RN, especialmente no que diz respeito ao reajuste salarial e à nomeação dos concursados já formados. O presidente do Sinpol, Nilton Arruda, destacou que a categoria flexibilizou sua posição, propondo um reajuste de 10% dividido em duas parcelas, enquanto o governo oferece apenas 5,3% de valorização, considerado insuficiente pelos policiais.

Perspectivas futuras e os impactos na Segurança Pública

Até o momento, a Delegacia Geral de Polícia Civil não se posicionou oficialmente sobre a paralisação e seus impactos. A população aguarda esclarecimentos sobre como serão realizados os flagrantes, atendimentos em locais de crimes e demais serviços essenciais prestados pela Polícia Civil durante o período de paralisação. Enquanto isso, as negociações entre a categoria e o governo do RN continuam sem avanços significativos.

Enquanto os policiais civis iniciam sua paralisação, os policiais militares e bombeiros do estado chegaram a um acordo com o governo, garantindo reajuste salarial e outras melhorias na carreira. Este contraste entre as duas situações evidencia as distintas realidades enfrentadas pelas diferentes categorias de servidores públicos da segurança no Rio Grande do Norte.

Dessa forma, vale reforçar que a paralisação dos policiais civis do RN reflete as tensões existentes no setor de segurança pública do estado, evidenciando a importância de um diálogo construtivo entre as autoridades governamentais e as categorias de servidores. Enquanto a população espera pela resolução do impasse, a garantia da segurança e dos direitos dos cidadãos permanece como uma preocupação central em meio a esse cenário de incertezas.