Anvisa pede a retirada 10 remédios populares das farmácias

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a retirada de 10 remédios populares das farmácias devido a riscos à saúde dos consumidores. Neste caso, os remédios serão retirados após a confirmação de mortes de pacientes que estavam fazendo seu uso para algum tratamento. 

Dessa forma, a medida foi determinada com urgência para garantir a proteção dos consumidores, além de ser preventiva, com objetivo de evitar que mais pessoas sejam vítimas desses medicamentos em casos fatais. 

A proibição dos remédios aconteceu após a morte de uma enfermeira em São Paulo. O caso ganhou repercussão após a profissional falecer devido a uma hepatite fulminante causada pelo uso de chá em cápsulas de emagrecimento. O caso da cantora Paulinha Abelha, do grupo Calcinha Preta, também ganhou repercussão devido ao uso indevido de certos medicamentos, levantando suspeitas sobre a eficácia e segurança deles. 

Estes são apenas alguns dos casos que repercutiram na mídia, mas outras pessoas foram vítimas de certos medicamentos, algo que levou a Anvisa a determinar a retirada desses remédios de farmácias e proibiu a sua venda. Além disso, esses medicamentos eram, em muitos casos, comprados sem receita médica e representavam um risco para a saúde dos consumidores.

Abaixo, confira a lista dos remédios proibidos: 

  • Academia Sense Shot;
  • Afina Chá;
  • Always Fitness Gold;
  • American Fit;
  • Bio Slim;
  • Biofitslim;
  • Bionatti Emagry;
  • Bioslim;
  • Chá 37 Ervas – Denature;
  • Chá Barriga Dos Sonhos – Vida Fiber.

Conforme indicam as investigações sobre os casos de morte, os medicamentos eram utilizados por pacientes que estavam tentando perder peso para fins estéticos. No entanto, muitos deles representavam riscos à saúde devido a sua composição e, por isso, tiveram que ser proibidos. 

Casos de morte e pronunciamento das empresas

Em relação aos casos de morte, muitas delas são associadas ao uso de remédios, que posteriormente foram proibidos devido a preocupação com a população. Neste caso, os casos com vítimas levaram a importância da regulamentação mais rigorosa para uso de medicamentos sem receitas médicas e voltados para o uso estético. 

Nos casos citados acima, como o da enfermeira, não é uma situação isolada e aconteceram outros casos parecidos no Brasil inteiro. Dessa forma, a Anvisa decidiu tomar providências para garantir a segurança dos consumidores e limitar as vendas colocando o uso de receitas médicas algo obrigatório em algumas situações. Enquanto isso, outros foram completamente proibidos o uso no Brasil. 

Apesar das proibições e dos casos de óbito, ainda é possível encontrar alguns desses medicamentos à venda no mercado, o que levanta dúvidas sobre a eficácia das medidas adotadas pela agência reguladora e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa. 

A disponibilidade desses remédios em farmácias e marketplaces pode indicar que as empresas responsáveis conseguiram regularizar sua situação perante a Anvisa.

Sobre o posicionamento das empresas responsáveis, muitas delas optaram por não fazer declarações públicas sobre o assunto, o que gera desconfiança entre os consumidores e levanta questões sobre a segurança de outros produtos comercializados por elas. Nesse sentido, a ausência de manifestações públicas pode ser interpretada de diversas maneiras, algo que seria evitado se as empresas esclarecessem a situação para evitar danos à sua reputação e manter a confiança do público.

Diante da proibição desses remédios para emagrecimento, é importante que as pessoas busquem orientação médica para emagrecer de forma saudável e sem riscos. A busca por uma aparência física ideal é comum, mas deve ser feita de maneira responsável, evitando o uso de substâncias prejudiciais à saúde. A orientação médica é fundamental para escolher o melhor caminho para alcançar o peso desejado de forma segura e saudável.