Uma recente descoberta próxima à Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, está intrigando a comunidade arqueológica. Segundo informações divulgadas, foram encontrados mistérios abaixo da pirâmide, que podem mudar alguns dados coletados no passado sobre a região e as civilizações antigas que viveram ali.
Dessa forma, pesquisadores e historiadores desvendaram estruturas misteriosas que parecem estar empilhadas umas sobre as outras no subsolo, tanto embaixo quanto ao lado da pirâmide. A descoberta foi publicada na revista científica Archeological Prospection e liderada por uma equipe internacional de pesquisadores, com destaque para Motoyuki Sato, da Universidade Internacional Higashi Nippon, no Japão.
Para realizar as pesquisas, foram utilizadas técnicas avançadas de detecção geofísica, os cientistas conseguiram identificar uma anomalia subterrânea a aproximadamente 20 metros de profundidade, nas proximidades da base da pirâmide de Quéops, a maior das três pirâmides de Gizé.
Neste caso, a técnica empregada, conhecida como tomografia de muografia, revelou diferenças de densidade no subsolo, indicando um espaço oco que não corresponde a nenhuma identificada antes. O geofísico e líder do projeto, Hirokatsu Watanabe, explicou que a muografia utiliza partículas subatômicas chamadas múons para criar imagens do interior de estruturas maciças.
Assim, ainda não se sabe ao certo o que ela representa. Pode ser uma câmara desconhecida ou simplesmente uma variação natural no solo. Novas pesquisas devem ser conduzidas para explorar o local e cientistas acreditam que podem encontrar algo inédito na história do Egito. Por enquanto, foi divulgado que as investigações podem durar meses ou anos.
História da Pirâmide de Gizé
A Grande Pirâmide de Gizé, também conhecida como Pirâmide de Quéops, é a maior pirâmide do Egito e uma das estruturas mais icônicas e antigas do mundo. Construída durante a IV dinastia egípcia, por volta de 2.560 a.C., ela foi erguida como um túmulo para o faraó Quéops e é uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Segundo estudos, é estimado que sua construção tenha exigido o uso de 5,5 milhões de toneladas de calcário, 8 mil toneladas de granito importado de Assuã e 500 mil toneladas de argamassa.
Além da Pirâmide de Quéops, as Pirâmides de Gizé incluem a Pirâmide de Quéfren e a Pirâmide de Miquerinos, que foram construídas para os faraós Quéfren e Miquerinos, respectivamente.
A precisão e complexidade da construção das pirâmides de Gizé são impressionantes, sobretudo considerando os recursos tecnológicos limitados disponíveis na época. As pedras utilizadas nas pirâmides foram talhadas com precisão milimétrica e pesam várias toneladas, sendo transportadas de pedreiras localizadas a grandes distâncias, um feito monumental para a engenharia da época.
Ainda hoje, muitos detalhes sobre como as pirâmides foram construídas e a exata função de certas estruturas internas permanecem um mistério, alimentando o fascínio e a especulação sobre esses monumentos históricos.