Nova medida da Tim desagrada Vivo; operadora está preocupada

Recentemente, um tema chamou a atenção das principais operadoras brasileiras, dividindo opiniões e desencadeando discussões sobre o futuro das redes móveis e o alcance do serviço prestado aos usuários com a possibilidade de uma nova medida regulatória que desagrada a Vivo, enquanto a TIM se mostra favorável.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), sempre atenta às transformações do setor e aos desejos dos consumidores, encerrou recentemente a fase de tomada de subsídios para reavaliar as regras do serviço de roaming. Esse serviço, que permite aos usuários de uma operadora utilizar as redes de concorrentes em áreas onde sua própria operadora não oferece cobertura, tem sido objeto de debates acalorados entre as principais empresas do ramo.

Dentre as operadoras que participaram ativamente da referida tomada de subsídios, a TIM se destacou ao defender a obrigatoriedade da abertura do roaming em estradas e rodovias. Para a TIM, essa medida é uma necessidade para garantir uma cobertura abrangente em áreas remotas, rodovias e localidades menos populosas.

Segundo a TIM, a implementação do roaming obrigatório traz consigo uma série de vantagens, destacando-se a rapidez na implementação, a simplicidade na operação e governança, além do menor custo em comparação com outras soluções alternativas. A empresa argumenta que tal medida não apenas promoveria a inclusão digital em regiões pouco servidas, mas também fomentaria o desenvolvimento econômico e social dessas áreas.

Proposta da TIM

A empresa também defende a necessidade de garantir que o serviço de voz seja prestado por meio de tecnologias como VoLTE e VoNR, especialmente em redes 4G e 5G. Essa sugestão assegura a segurança, uma vez que a capacidade de realizar chamadas telefônicas tradicionais é essencial em situações de emergência.

Enquanto a TIM lidera o movimento em prol do roaming obrigatório, a Vivo adota uma postura mais cautelosa, expressando preocupações sobre a complexidade e os possíveis impactos negativos dessa medida. A empresa argumenta que existe uma diferença fundamental entre a oferta de roaming em municípios e localidades e sua oferta em rodovias, destacando potenciais problemas técnicos e desafios logísticos associados a essa mudança.

Além disso, a Vivo expressa preocupação com as possíveis vantagens competitivas que uma medida desse tipo poderia gerar, especialmente para investimentos futuros em infraestrutura de rede. A empresa destaca que uma eventual obrigação de abertura do roaming poderia anular vantagens competitivas conquistadas com investimentos específicos em antenas destinadas a cobrir trechos de rodovias, desestimulando futuros aportes no setor.