Dólar começa a semana em baixa após decisão de juros no Brasil e nos EUA

Nesta segunda-feira (18), o dólar abriu em baixa, refletindo as expectativas dos investidores em relação às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que serão anunciadas ao longo da semana. Acompanhando de perto as reuniões dos bancos centrais dos dois países, os mercados financeiros aguardam as definições sobre as taxas de juros, previstas para quarta-feira (20).

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Entenda a queda do dólar e as taxas de juros

No Brasil, a atenção se concentra no Comitê de Política Monetária (Copom) e na possível redução da taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano. As projeções indicam um corte de 0,5 ponto percentual, levando a taxa para 10,75% ao ano. Já nos Estados Unidos, espera-se que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros inalterados, variando entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Além das decisões de juros, os investidores brasileiros também repercutem a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) pelo Banco Central, indicador considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB). O IBC-BR registrou um aumento de 0,6% em janeiro em relação ao mês anterior, sinalizando uma recuperação na atividade econômica.

No mercado cambial, o dólar opera em leve queda. Às 09h55, a moeda norte-americana caía 0,09%, sendo cotada a R$4,9929. Na última sexta-feira, o dólar teve uma alta de 0,22%, encerrando a semana com um acúmulo de 0,32%.

No cenário da Bolsa de Valores, o Ibovespa, principal índice da B3, começou a operar às 10h. Na sexta-feira passada, o índice registrou uma queda de 0,74%, encerrando o dia aos 126.742 pontos. Apesar disso, o Ibovespa apresentou uma alta de 0,49% no acumulado da semana.

O que esperar para esta semana

A semana promete ser movimentada não apenas pelo cenário nacional, mas também pelos acontecimentos internacionais. Os investidores estão atentos aos números divulgados pela China, que apresentou resultados melhores do que o esperado para a indústria e o varejo, trazendo certo alívio para os mercados globais.

No cenário doméstico, o Tesouro Nacional divulgou projeções indicando que o governo brasileiro pode alcançar um déficit zero em 2024, caso as medidas propostas pela área econômica sejam aprovadas para aumentar a arrecadação. No entanto, analistas alertam que é cedo para confirmar essas projeções e que o governo deve avaliar o impacto das medidas antes de tomar decisões sobre as metas fiscais para os próximos anos.

Com uma semana repleta de eventos e decisões importantes, os mercados permanecem atentos às notícias e aos desdobramentos que influenciarão as tendências econômicas nos próximos dias.