O mundo das finanças continua a se transformar rapidamente, impulsionado pelo avanço das tecnologias e pela necessidade de enfrentar desafios econômicos globais. Uma dessas transformações é a adoção de moedas digitais pelos bancos centrais, um passo que promete revolucionar as interações financeiras.
No Brasil, o Banco Central acaba de anunciar uma nova fase do projeto experimental com a moeda digital Drex, levantando questões sobre o futuro do Real.
Fim do Real? Anunciada nova fase da Moeda digital
O projeto Drex começou com uma fase inicial focada em testes limitados à infraestrutura e serviços desenvolvidos pelo próprio Banco Central. Essa etapa visou garantir a viabilidade técnica e a segurança das operações dentro de um ambiente controlado.
Os resultados dessa fase foram positivos, estabelecendo uma base sólida que atende aos critérios rigorosos de segurança e eficiência necessários para avançar para as próximas etapas.
Com a recente aprovação para iniciar a segunda fase, o projeto Drex está pronto para expandir sua escala e escopo. Nesta nova etapa, a moeda digital será testada em conjunto com contratos inteligentes, ou “smart contracts”, que são geridos por participantes autorizados fora do Banco Central.
Esses contratos automatizados têm o potencial de revolucionar a maneira como negócios são conduzidos, permitindo transações mais rápidas e seguras.
A segunda fase também permitirá a interação do Drex com diversos modelos de negócios que envolvem ativos não regulados pelo Banco Central.
Essa expansão requer a participação de outros órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para garantir que todas as transações sejam seguras e regulamentadas.
O Banco Central já delineou planos para o terceiro trimestre deste ano, quando abrirá um novo período para o recebimento de propostas de casos de uso da moeda Drex. Esse processo irá selecionar novos participantes que contribuirão com inovações para o projeto.
A previsão é que, até o final do primeiro semestre de 2025, esses novos integrantes possam testar e validar seus smart contracts, marcando um passo significativo rumo a uma implementação mais ampla da moeda digital.
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Moeda digital no Pagamento do Bolsa Família
Uma das aplicações potenciais mais significativas do Drex poderia ser no pagamento de programas de assistência social, como o Bolsa Família. Utilizar essa moeda digital pode facilitar e agilizar as transações, promovendo maior eficiência e redução de custos operacionais.
No entanto, antes de uma implementação em larga escala, o Banco Central planeja realizar testes limitados com 5% dos beneficiários do Bolsa Família. Esse teste permitirá avaliar a segurança e eficácia do uso do Drex neste contexto específico.
A progressão cuidadosa do projeto Drex através de fases distintas sublinha a abordagem meticulosa do Banco Central na introdução de inovações tecnológicas no sistema financeiro brasileiro.
Embora ainda seja cedo para declarar o fim do Real, o avanço do Drex representa um passo importante na direção de um futuro digital, prometendo maior transparência, eficiência e inclusão financeira.