De furacões a secas: Veja quais serão as consequências do La Niña
O La Niña, um fenômeno climático previsto para afetar a América Latina, é esperado trazer desafios significativos como furacões e secas severas. Especialistas da Organização Meteorológica Mundial emitiram um alerta durante um webinar recente, destacando os impactos iminentes do La Niña na região, com ênfase especial no Caribe.
O La Niña se caracteriza pela redução das temperaturas oceânicas no Pacífico equatorial central e oriental. Esse fenômeno climático está ligado a eventos meteorológicos extremos, como enchentes e secas intensas, além de uma maior intensificação e frequência de furacões no Caribe.
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Observou-se que o fenômeno está exercendo uma influência direta sobre as condições atmosféricas na América Latina, sendo o furacão Beryl o primeiro grande evento da temporada de 2024 a alcançar a categoria 5 na Escala Saffir-Simpson, avançando rapidamente pelo leste do Caribe.
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Impactos do La Niña
Os efeitos anteriores do fenômeno na América do Sul foram extremamente prejudiciais, causando secas históricas que afetaram severamente áreas agrícolas e econômicas. José Luis Stella, do Centro Climático Regional para o Sul da América do Sul, enfatizou que eventos prolongados de La Niña no passado resultaram em impactos severos, seguidos por rápidas transições para El Niño, complicando ainda mais o cenário climático na região.
As projeções atuais sugerem que o La Niña pode novamente trazer esses padrões adversos, ameaçando a segurança alimentar e econômica de várias comunidades na América Latina. Culturas fundamentais como trigo, arroz e milho podem enfrentar impactos significativos, intensificando a pressão sobre os sistemas agrícolas e econômicos já fragilizados pela pandemia e outras crises recentes.
É essencial se preparar adequadamente para enfrentar os impactos do La Niña e reduzir seus efeitos adversos. Governos, organizações internacionais e comunidades locais devem estar vigilantes e prontos para agir rapidamente com medidas adaptativas e de mitigação. Isso envolve melhorar sistemas de alerta precoce, adotar estratégias de gestão mais resilientes para recursos hídricos e agricultura, além de fortalecer as capacidades de resposta a desastres naturais.
Previsão para julho
Em julho de 2024, os estados do Sul do Brasil enfrentarão um início de mês com temperaturas extremamente baixas, sem serem afetados pelos fenômenos El Niño ou La Niña, conforme indicado pela NOAA. Prevê-se a ocorrência de mínimas severas e geadas intensas, enquanto na região Centro do Brasil, especialmente em São Paulo, espera-se um período predominantemente seco.
A condição climática neutra aumenta a previsibilidade, embora eventos climáticos isolados possam ocorrer. Modelos indicam que as chuvas serão escassas no Centro-Oeste e em partes do Sudeste, potencializando o risco de incêndios florestais.