Quem acompanha o nascer e o pôr do sol diariamente pode notar uma aparente mudança nos horários desses eventos celestes. Esse fenômeno desperta curiosidade e levanta questões sobre por que o sol parece nascer mais tarde e se pôr mais cedo. Neste artigo, exploraremos as explicações por trás dessa percepção, fundamentadas na mecânica celeste e nas mudanças sazonais que afetam os padrões de luz solar ao longo do ano.
A meteorologista Andrea Ramos esclarece que a inclinação da Terra desempenha um papel crucial nesse fenômeno. Esse conceito, associado ao movimento de translação do planeta ao redor do Sol, influencia os horários de nascer e pôr do sol, especialmente durante as mudanças de estação. À medida que o inverno se aproxima, os períodos de luz solar tendem a ficar mais curtos, culminando no solstício de inverno, marcado pelo dia mais curto do ano.
Após o solstício de inverno, ocorre um ajuste gradual entre o tempo do relógio e o tempo solar. Esse processo não é simétrico, e inicialmente o ganho de luz do dia ocorre mais no pôr do sol do que no nascer do sol, contribuindo para a percepção de que o sol está nascendo mais tarde. Além disso, a rotação terrestre em torno de seu eixo e a órbita elíptica do planeta também influenciam na variação dos horários de nascer e pôr do sol ao longo do ano.
Veja a seguir:
Veja a percepção dos observadores do por do sol
Isabelle Valente, uma estudante que acorda cedo para ir ao estágio, compartilha suas observações sobre o nascer e o pôr do sol durante o outono. Ela percebe que os dias começam mais tarde à medida que o inverno se aproxima e que o anoitecer ocorre mais cedo, destacando as diferenças entre as estações. Da mesma forma, Gabrielle de Araujo Ferreira relata sua percepção de que o sol se põe mais cedo no outono, comparado ao verão, quando os dias são mais longos.
A percepção de que o sol está nascendo mais tarde e se pondo mais cedo está intrinsecamente ligada aos movimentos da Terra em relação ao Sol e às mudanças sazonais que afetam os padrões de luz solar. Compreender esses fenômenos celestes nos permite apreciar a dinâmica do nosso planeta e suas interações com o cosmos.
Relação com o horário de verão
O horário de verão no Brasil costumava ser uma prática adotada anualmente em parte do território nacional, com o objetivo de promover uma maior economia de energia elétrica e ajustar as atividades humanas aos períodos de luz natural durante os meses mais quentes do ano. No entanto, nos últimos anos, essa medida foi cancelada devido à falta de resultados expressivos na economia de energia e preocupações com possíveis impactos na saúde da população.
Durante o horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora, o que tem um impacto direto nos horários de nascer e pôr do sol. Essa mudança temporária no relógio faz com que o dia pareça começar e terminar mais cedo, alinhando-se com os objetivos de aproveitar melhor a luminosidade natural do dia e reduzir a necessidade de iluminação artificial durante a noite.
Durante o horário de verão, o nascer do sol ocorre mais cedo, proporcionando um amanhecer mais precoce em relação ao horário padrão. Da mesma forma, o pôr do sol também acontece mais cedo, resultando em um entardecer mais antecipado em comparação com os horários habituais.
Essa mudança nos horários de nascer e pôr do sol afeta diretamente a percepção do tempo e o ritmo das atividades diárias das pessoas. Durante o horário de verão, é comum que as pessoas sintam que o dia começa mais cedo e tenha a sensação de que as horas de luz natural são mais aproveitadas.