Vejas fotos do amanhecer de estrelas similares ao nosso Sol

No dia 17 de maio, o Telescópio Espacial Hubble, da NASA, capturou imagens de um sistema triplo de estrelas que apresentam características semelhantes às do nosso Sol. Neste caso, a coleta de imagens revelou cenas únicas do amanhecer de HP Tau, HP Tau G2 e HP Tau G3, três estrelas jovens localizadas na constelação de Touro.

Conforme divulgado, essas estrelas pertencem à categoria T Tauri, um tipo de estrela variável que se encontra em uma fase inicial de evolução. As estrelas T Tauri ainda não iniciaram o processo de fusão nuclear em seus núcleos, uma característica que as diferencia de estrelas como o Sol, que já completou essa transição. 

Apesar de serem muito jovens, com menos de dez milhões de anos, essas estrelas estão em processo de desenvolvimento para se tornarem estrelas movidas a hidrogênio, semelhantes ao Sol, que possui 4,6 bilhões de anos.

Por outro lado, a agência espacial norte-americana destacou que essas estrelas T Tauri são encontradas com frequência envoltas em nuvens de gás e poeira, os mesmos materiais que contribuíram para a sua formação. Assim, o fenômeno é visível na imagem capturada pelo Hubble, onde as estrelas são descritas como um “geodo cósmico brilhante”, devido ao seu aspecto resplandecente em meio ao material estelar circundante.

Além disso, a observação de sistemas como o HP Tau é importante para a compreensão dos primeiros estágios de vida das estrelas e do processo de formação estelar. Por isso, estudar estrelas T Tauri permite aos astrônomos entender melhor as condições iniciais que levam à formação de estrelas como o nosso Sol.

Abaixo, confira a imagem obtida pelo Hubble do trio de estrelas variáveis HP Tau, HP Tau G2 e HP Tau G3, que parecem com nosso Sol, ao amanhecer:

Estrelas 1
Imagens capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA. (Reprodução/Olhar Digital)

Formação de estrelas 

As estrelas se formam a partir de nuvens de gás e poeira interestelar, conhecidas como nebulosas. Essas nebulosas são compostas principalmente de hidrogênio e hélio, os elementos mais abundantes no universo. O processo de formação estelar tem início quando uma perturbação, como uma onda de choque de uma supernova próxima, causa a contração dessas nuvens. 

À medida que a nebulosa colapsa sob sua própria gravidade, a densidade e a temperatura no núcleo aumentam, levando à formação de um protostar.

Durante a fase de protostar, o material da nebulosa continua a cair em direção ao núcleo, aumentando ainda mais a temperatura e a pressão. Quando a temperatura no núcleo atinge cerca de 10 milhões de graus Celsius, começa a fusão nuclear, convertendo hidrogênio em hélio e liberando uma enorme quantidade de energia. 

Uma vez que a estrela atinge a fase de sequência principal, ela passa a maior parte de sua vida convertendo hidrogênio em hélio no núcleo. A vida útil de uma estrela depende de sua massa; estrelas mais massivas têm vidas mais curtas e queimam seu combustível mais rapidamente, enquanto estrelas menos massivas podem durar bilhões de anos.

Para finalizar, os pesquisadores identificaram pela primeira vez uma estrutura de disco em torno de uma estrela jovem e massiva fora da Via Láctea. Este disco está localizado na região estelar N180, situada na galáxia anã conhecida como Nuvem de Magalhães. A descoberta foi feita a aproximadamente 163 mil anos-luz de distância da Terra. Além de ser o primeiro disco detectado além dos limites da nossa galáxia, é também o mais distante já observado até agora.