O pistache é conhecido por ser um tipo de noz, que é comumente consumido inteiro, torrado e salgado, assim como os amendoins. Porém, está entre alguns dos alimentos mais caros do mundo. No Brasil, seu preço chega a R$ 215 por quilo. Dessa forma, decidimos explicar os motivos por trás dos preços tão elevados e de onde vem a fama desta semente.
Desde a antiguidade, o pistache é apreciado em todo o mundo, sendo considerado um deleite culinário. A história do pistache tem início na Ásia Central, mas sua produção, por muito tempo, foi praticamente exclusiva aos países mediterrâneos, como Irã, Turquia e Grécia. Além disso, ganhou fama no Oriente Médio, onde é consumido até os dias de hoje.
A partir de 1990, a produção de pistache aumentou em todo o mundo. Sendo uma planta de climas quentes e secos, onde a água é escassa, o pistache exige cuidados especiais ao ser cultivado. Por isso, requer um sistema de irrigação cuidadoso e recursos hídricos adequados para garantir um bom crescimento e produção.
Além disso, a árvore do pistache leva vários anos para começar a produzir frutos. Apesar disso, é famoso no mundo inteiro e a produção mundial de pistache atingiu a marca de 1 milhão de toneladas em 2022. Devido a sua fama, os produtores não têm sido capazes de acompanhar o ritmo crescente de demanda, especialmente no Brasil, onde ainda não é produzido localmente.
Neste caso, especialistas apontam que a oferta e demanda é um dos principais fatores que impulsionam o preço elevado.
Aumento no consumo de pistache
Nos últimos anos, o Brasil, aliás, tem experimentado um aumento no consumo de pistache, o que tem contribuído para um crescimento anual das importações. No entanto, iniciativas para introduzir o cultivo da fruta no país têm sido exploradas, como é o caso do pedido feito pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para autorização do plantio experimental de pistache no estado.
Por outro lado, como já foi dito antes, a planta precisa de cuidados durante o cultivo, sobretudo relacionado ao clima. As características botânicas do pistache também contribuem para seu valor. A árvore de pistache requer condições climáticas específicas, como verões longos, quentes e secos, e invernos frios.
Nos Estados Unidos, onde parte significativa da produção está concentrada, as plantações são expostas a temperaturas de inverno que somam 1.000 horas abaixo de 7 °C. A tolerância do pistache à seca, aliada à sua exigência por um clima particular, torna seu cultivo um empreendimento desafiador, algo que reflete no preço final do produto.
Outros alimentos caros no mundo
Além do pistache, existem outros alimentos que também são conhecidos por seu preço elevado devido a uma variedade de fatores, incluindo produção limitada, demanda alta e características específicas. Aqui estão 10 exemplos:
- Trufas: tanto as trufas negras quanto as brancas são consideradas um luxo na culinária devido à sua raridade, sabor distinto e dificuldade de cultivo.
- Açafrão: conhecido como uma das especiarias mais caras do mundo, o açafrão é valorizado por seu sabor único e pelas delicadas flores de onde é colhido.
- Caviar: é um dos alimentos mais luxuosos, composto por ovos de esturjão, que são colhidos e processados de forma meticulosa, o que contribui para seu preço elevado.
- Foie Gras: um prato delicado feito do fígado gordo de gansos ou patos, que requer cuidados especiais na alimentação dos animais para obter a textura e sabor desejados.
- Carne de Kobe: originária do Japão, esta carne bovina é famosa por sua maciez e sabor único, resultado de um processo de criação cuidadoso e específico.
- Vieiras: é um molusco apreciado por seu sabor delicado, mas sua produção é limitada e muitas vezes requer técnicas de mergulho especializadas.
A raridade e métodos de produção destes produtos elevam os preços deles, sendo alimentos considerados de luxo e, em muitos casos, difíceis de serem encontrados no cotidiano.