Urgente! Explosão no Sol abre filamento e um “Cânion de fogo”

No último domingo (17), uma explosão extraordinário foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA: um grande filamento magnético, estendendo-se pelo hemisfério sul do Sol, entrou em erupção, esculpindo um impressionante “cânion de fogo” na atmosfera solar.

Os destroços da explosão resultaram em um halo parcial de ejeção de massa coronal (CME), captado pelo coronógrafo do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma espaçonave operada em colaboração entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA).

Uma simulação computacional conduzida pela NASA sugere que essa CME, um jato de plasma solar, pode chegar ao campo magnético da Terra na quarta-feira (20), coincidindo com o equinócio de março. Este evento pode provocar as chamadas “auroras de primavera” no extremo norte do planeta.

O equinócio de março de 2024 está marcado para o dia 20, às 00h06 (horário de Brasília), quando o dia e a noite têm a mesma duração. A partir desta data, as noites começam a se alongar gradualmente. No hemisfério sul, é conhecido como Equinócio de Outono, enquanto no hemisfério norte, é o Equinócio de Primavera.

De acordo com registros históricos, os distúrbios geomagnéticos causados pelos ventos solares são quase duas vezes mais prováveis durante os equinócios, tanto em março/abril quanto em setembro/outubro, do que em outros meses.

Mesmo jatos de material solar considerados fracos têm o potencial de desencadear auroras nesses períodos, graças ao efeito Russell-McPherron, que aumenta a atividade geomagnética ao redor dos equinócios, causando rachaduras na magnetosfera do planeta.

Esta explosão solar e a subsequente CME representam um evento fascinante da atividade solar, oferecendo uma oportunidade única para observadores e cientistas estudarem os efeitos do Sol na Terra e no espaço ao nosso redor.

Explosão dos filamentos magnéticos

Filamentos solares são verdadeiros espetáculos naturais: arcos colossais de gás eletrificado (plasma) que serpenteiam pela atmosfera do Sol, mantidos suspensos acima de sua superfície pela influência do campo magnético do astro. No entanto, quando esse campo magnético se torna instável, esses filamentos podem entrar em colapso, desencadeando explosões espetaculares, como a registrada no último fim de semana.

Esses fenômenos solares não são apenas fascinantes de se observar; eles também têm consequências palpáveis aqui na Terra. Os poderosos fluxos de vento solar magnetizado, resultantes dessas explosões, podem desencadear a formação de auroras boreais e austrais. Esses belíssimos espetáculos de luzes são causados por partículas solares carregadas energeticamente que colidem com a atmosfera superior da Terra a velocidades incríveis, sendo dispersas para as latitudes mais extremas do globo.

Entretanto, os efeitos dos jatos de plasma ejetados do Sol não se limitam apenas a auroras espetaculares. Dependendo de sua potência, esses eventos solares podem causar interrupções significativas em sistemas de comunicação e GPS na Terra, além de representar uma ameaça aos satélites em órbita e até mesmo aos astronautas na Estação Espacial Internacional.