Diversas áreas do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enfrentarão o risco de geada, conforme relatado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, o Sul do país está sob alerta para uma onda de frio, o que amplifica ainda mais as preocupações com as condições climáticas na região.
No estado de São Paulo, as áreas de Campinas, Ribeirão Preto e o Vale do Paraíba são particularmente vulneráveis a geadas. No Rio de Janeiro, o alerta se aplica a uma pequena zona no sul fluminense. Em Minas Gerais, o risco é mais acentuado na região sul do estado.
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Alerta para as geadas
Além disso, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná enfrentam uma situação mais grave. Nessas regiões, o alerta para geada está em um nível mais crítico, indicando um risco maior de impactos severos. A previsão é de que essa onda de frio continue a influenciar a área até quarta-feira, 14, com a possibilidade de geadas em diversas localidades.
Para quinta-feira, 15, a previsão é de que as temperaturas comecem a subir novamente, embora as mínimas ainda possam se manter baixas, principalmente no Sul do Brasil. Em São Paulo, a temperatura máxima pode atingir 23ºC, enquanto no Rio de Janeiro pode chegar a 25ºC. No Sul, as máximas esperadas são de 17ºC em Florianópolis, 18ºC em Curitiba e 19ºC em Porto Alegre.
Vale ressaltar que o inverno se encerrará oficialmente em 22 de setembro. As variações climáticas previstas podem impactar o fim da estação e a chegada da primavera. As autoridades meteorológicas seguirão acompanhando a situação de perto e emitindo alertas conforme necessário para assegurar a segurança e o bem-estar da população.
Impactos no território brasileiro
Embora mudanças de temperatura sejam típicas nesta época do ano, o frio intenso observado em várias partes do Brasil é causado por um fenômeno raro na Antártica. Segundo o Inmet, esta é a primeira massa de ar frio que conseguiu afetar todos os estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste do país em 2024.
A meteorologista Maria Assunção Silva Dias esclarece que as atuais baixas temperaturas estão relacionadas a um ‘anel’ formado por áreas de alta e baixa pressão ao redor da Antártica. A intensidade desse anel é medida por um índice denominado “oscilação Antártica”. Segundo Silva Dias, quando esse índice está negativo no inverno, o Brasil tende a enfrentar principalmente chuvas e frio, frequentemente associados a frentes frias.
A especialista, que possui doutorado e mestrado em Ciências Atmosféricas pela Colorado State University e é diretora de meteorologia da Rhama Analysis, mencionou que o índice está registrando um valor recorde negativo. Ela explicou que, em condições normais, o índice varia entre +2 e -2, mas atualmente a escala do gráfico vai até -4 e o índice ultrapassou esse limite, atingindo -4,4.