Temperatura nesta região brasileira deve aumentar até 6°C
Um estudo recente conduzido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e pelo Instituto Geológico revela que o estado de São Paulo pode enfrentar um aumento de temperatura de até 6°C até 2050.
A pesquisa, divulgada pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), destaca a gravidade da situação e a urgência de implementar medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Temperatura nesta região brasileira deve aumentar até 6°C
O estudo analisa dois cenários distintos. O primeiro, mais otimista, prevê a adoção de políticas climáticas rigorosas, redução das emissões de gases de efeito estufa e esforços de reflorestamento.
Já o segundo cenário, pessimista, considera a continuidade das políticas atuais, com expansão do agronegócio e uso crescente de combustíveis fósseis.
Em ambos os casos, os pesquisadores projetam um aumento de temperatura em todas as regiões do estado.
As áreas costeiras de São Paulo, influenciadas pela proximidade com o oceano, devem experimentar um aumento de temperatura mais moderado, variando entre 0,5°C e 1,5°C.
No entanto, a situação é mais alarmante na faixa central do estado, onde a elevação pode atingir até 6°C.
A região noroeste, distante do Atlântico, está prevista para sofrer os maiores impactos, com ondas de calor que podem durar mais de 150 dias consecutivos em cidades como Ribeirão Preto.
No sul do estado, essas ondas de calor podem se estender por até 25 dias.
Aumento da temperatura gera preocupação
A APqC expressa preocupação com a falta de ações efetivas do governo estadual frente aos alertas científicos, criticando a desvalorização do sistema de ciência e tecnologia paulista, evidenciada pela extinção de institutos de pesquisa cruciais.
Em contrapartida, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) reafirma seu compromisso com a sustentabilidade.
Entre as iniciativas citadas estão o Plano de Ação Climática (PAC) 2050, o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-SP) e a criação do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), destinados a enfrentar as mudanças climáticas de forma integrada.
A pesquisa sublinha a necessidade de medidas urgentes para evitar os impactos devastadores do aquecimento global na região, instando o governo e a sociedade a agir com rapidez e determinação.