Superexplosões estelares aumenta e preocupa cientistas

As superexplosões estelares tiveram um aumento nos últimos meses, o fenômenos vem preocupando pesquisadores, que causa a intensa liberação de energia em estrelas distantes que podem ter impactos em exoplanetas. Segundo estudos recentes, a gravidade dessas explosões e seus possíveis efeitos na formação e sustentação de vida fora da Terra.

Neste caso, as tempestades geomagnéticas geradas por explosões solares já são conhecidas por suas consequências ao nosso planeta, como interrupções nas comunicações, na transmissão de energia elétrica e nas operações de satélite. 

No entanto, novas pesquisas indicam que explosões ainda mais intensas estão ocorrendo em outras estrelas, como Kepler-411 e Kepler-396. Dessa forma, cientistas do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie e da University of Glasgow analisaram os eventos, publicando suas descobertas no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Dados coletados na pesquisa 

Os cientistas divulgaram que os dados foram coletados utilizando telescópios, como o Kepler e o TESS, destinados principalmente à busca de exoplanetas, que têm fornecido uma grande quantidade de dados sobre essas explosões estelares. Além disso, as observações feitas por meio de fotometria de banda larga revelam aumentos repentinos de luminosidade em estrelas distantes, sinalizando essas superexplosões. 

Por outro lado, a pesquisa atual foca na energia irradiada por esses eventos, que pode ser até dez mil vezes maior que as explosões solares mais potentes registradas. Assim, os cientistas estão investigando dois principais modelos para explicar a radiação dessas superexplosões: 

  • A emissão de corpo negro a temperaturas extremamente altas;
  • E a recombinação de hidrogênio. 

Segundo Paulo Simões, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o modelo de recombinação de hidrogênio é mais plausível fisicamente, pois se ajusta melhor aos processos conhecidos de transferência de energia em explosões estelares.

Análises e consequências 

Os cientistas informaram que as pesquisas recentes estão focando em eventos ocorridos nas estrelas Kepler-411 e Kepler-396, aplicando modelos de radiação para analisar esses fenômenos. Os achados revelam que as estimativas de energia baseadas no modelo de recombinação de hidrogênio são consideravelmente menores e mais alinhadas com os processos observados. 

Por este motivo, as explosões solares, manifestadas em áreas ativas do Sol, são eventos extremamente energéticos que têm múltiplos impactos na Terra. A energia contida nos campos magnéticos solares é liberada abruptamente, aquecendo o plasma e acelerando partículas, resultando na emissão de radiação que pode ser captada por telescópios. 

Quando comparadas com superexplosões estelares, estas últimas sugerem ter efeitos potencialmente mais severos em seus respectivos sistemas planetários. Apesar de os modelos atuais fornecerem explicações para as superexplosões, ainda existem lacunas significativas, especialmente na observação direta desses eventos em outras faixas do espectro eletromagnético. 

Para finalizar, os cientistas enfatizam a necessidade de mais investigações para confirmar a teoria da recombinação de hidrogênio, que, embora fisicamente sólida, ainda necessita de observações mais detalhadas. Com o progresso das tecnologias de observação e a obtenção de novos dados, é esperado que os cientistas possam desvelar as complexidades das superexplosões estelares e seus efeitos.