Segundo estudo da FGV revela que confiança do consumidor está tem crescimento em março

O segundo estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela nuances sobre a confiança do consumidor no mês de março. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), após um início de ano instável, registrou um crescimento de 1,6 ponto, alcançando 91,3 pontos.

Embora seja uma elevação bem-vinda, é importante ressaltar que o indicador ainda se mantém em um patamar considerado pessimista. Essa leitura é corroborada ao observar a média móvel trimestral, que continua em declínio pelo sexto mês consecutivo, agora registrando 90,6 pontos.

Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, destaca que o aumento em março foi impulsionado por melhorias em todos os aspectos que compõem o indicador, exceto no quesito de intenção de compra de bens duráveis, que sofreu um declínio significativo.

Ela ressalta que, embora seja o primeiro resultado positivo do ano, elevando o indicador de um nível pessimista para moderadamente pessimista, acima dos 90 pontos, as dificuldades persistem. A manutenção do indicador de situação financeira atual em níveis historicamente baixos reflete as restrições financeiras enfrentadas pelas famílias.

Análise da situação atual e das expectativas futuras

Em março, houve um aumento tanto nas expectativas para os próximos meses quanto nas avaliações sobre o momento atual. O Índice de Expectativas (IE) avançou 1,2 ponto, atingindo 99,1 pontos, após uma queda acumulada de 4,6 pontos nos meses anteriores. Da mesma forma, o Índice da Situação Atual (ISA) registrou um aumento de 2,1 pontos, alcançando 80,7 pontos, representando a segunda alta consecutiva após um início de ano instável.

Dentre os componentes que compõem o ICC, destaca-se a melhoria nas perspectivas para as finanças familiares futuras, que contribuiu para o aumento da confiança no mês, com um avanço de 7,6 pontos. Além disso, o indicador que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia também apresentou um aumento considerável, registrando um crescimento de 4,8 pontos.

No entanto, é importante notar que o impulso de compras de bens duráveis apresentou um resultado negativo, recuando 9,2 pontos e oscilando fortemente nos últimos meses.