A cidade de São Paulo está enfrentando um aumento alarmante nos casos de coqueluche em 2024. A prefeitura emitiu um alerta aos serviços de saúde públicos e privados da capital, destacando a importância da imunização e da identificação precoce da doença.
Em 2024, São Paulo registrou 105 casos de coqueluche, um aumento significativo em comparação aos anos anteriores. Até maio, eram 32 casos, mas esse número subiu para 105 em junho, representando um aumento de 650% em relação ao mesmo período de 2023. Este aumento expressivo levou a prefeitura a emitir um alerta para reforçar a importância da imunização e sensibilizar os profissionais de saúde para a identificação precoce, notificação imediata e tratamento dos casos de coqueluche.
Segundo dados da Secretaria da Saúde, entre 2020 e 2023, os registros de coqueluche não passaram de 12 casos por ano. O crescimento abrupto em 2024 pode ser explicado, em parte, pela pandemia de Covid-19, que restringiu o acesso ao sistema de saúde e resultou na subnotificação de diversas doenças. Além disso, a queda na cobertura vacinal contribuiu significativamente para o aumento dos casos. A infectologista Juliana Oliveira da Silva, do Centro de Vacinação do HCor, destaca que “o aumento do número de casos está relacionado, sobretudo, à queda da cobertura vacinal”.
Veja a seguir:
A Importância da Vacinação e dos Sintomas da Coqueluche
A coqueluche é uma doença infecciosa de transmissão respiratória, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Afeta principalmente crianças e bebês menores de um ano de idade. A vacinação é a principal medida de prevenção contra a coqueluche. A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo reforça a importância de manter a vacinação atualizada para evitar a propagação da doença.
A capital paulista disponibiliza pelo menos dois tipos de imunizantes na rede pública de saúde:
- Vacina coqueluche de células inteiras: Destinada a crianças menores de 7 anos.
- Vacina coqueluche acelular (vacina dTpa): Destinada a gestantes, para conferir proteção aos recém-nascidos através da passagem de anticorpos maternos, e aos profissionais de saúde que atendem essa população.
Os sintomas da coqueluche podem variar em intensidade. No estágio inicial, os sintomas são leves e semelhantes aos de um resfriado, incluindo mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. No estágio intermediário, a tosse seca se torna severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração e provocar vômito ou cansaço extremo.
Os sinais e sintomas da coqueluche podem durar entre seis a dez semanas, ou mais, dependendo do quadro clínico. O tratamento é feito com antibióticos disponíveis nos serviços de saúde.
Medidas Adotadas pela Prefeitura de São Paulo
Diante do aumento significativo dos casos de coqueluche, a prefeitura de São Paulo emitiu um alerta para todos os serviços de saúde da capital. O objetivo é reforçar a importância da imunização e sensibilizar os profissionais de saúde para a identificação precoce dos casos, notificação imediata e tratamento adequado.
As autoridades sanitárias estão focadas em aumentar a cobertura vacinal, essencial para controlar o surto de coqueluche. A Secretaria Municipal da Saúde está incentivando a população a manter a vacinação atualizada e a procurar os serviços de saúde para imunização. Especialistas alertam que a vacinação é crucial para prevenir a doença e evitar complicações graves, especialmente em crianças pequenas.