O Brasil se prepara para uma transformação importante com a proposta de aumentar o salário mínimo para R$ 1.509,00 em 2025. Essa elevação tem como objetivo adequar o poder de compra dos trabalhadores às condições econômicas atuais, trazendo impactos diretos no programa Bolsa Família e na economia do país.
O aumento do salário mínimo é calculado com base em dois elementos fundamentais: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que avalia a inflação, e a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
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Apesar da proposta de salário mínimo de R$ 1.509,00 para 2025, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que o montante necessário para cobrir todas as necessidades básicas de uma família seja superior a R$ 6.700,00.
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Salário mínimo de 2025
O governo apresentou ao Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2025 (PLN 26/24), que define um aumento de 6,87% no salário mínimo em relação ao valor atual de R$ 1.412. A proposta também contempla despesas totais de R$ 2,93 trilhões, com o objetivo de manter um déficit fiscal zero, a mesma meta vigente para este ano.
O salário mínimo sugerido é, por enquanto, uma previsão, pois está sujeito à variação do INPC até novembro e ao crescimento do PIB de 2023, que foi de 2,91%. O orçamento total para o ano seguinte está estimado em R$ 5,87 trilhões, dos quais R$ 2,77 trilhões serão alocados para a rolagem da dívida pública.
O projeto prevê um aumento real nas receitas de 5,78%, mas estabelece um limite de 2,50% para o crescimento real das despesas. Para estabelecer esse teto, o novo arcabouço fiscal levou em conta uma variação anualizada do IPCA de 4,23% até junho.
Impacto no Bolsa Família
Uma das maiores inquietações entre os beneficiários do Bolsa Família diz respeito ao impacto desse aumento no programa de transferência de renda, que atende famílias em situação de vulnerabilidade e leva em conta a renda per capita de cada núcleo familiar.
Com o reajuste do salário mínimo, há o risco de que algumas famílias que hoje atendem aos critérios de renda do Bolsa Família não se qualifiquem mais, pois o novo valor pode fazer com que sua renda ultrapasse o limite estabelecido pelo programa. Essa situação pode levar à redução ou até ao cancelamento do benefício.