Rússia tem arsenal nuclear que pode acabar com o mundo 3 vezes ou mais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou um aviso contundente ao Ocidente, destacando a prontidão da Rússia para uma eventual guerra nuclear, em meio às crescentes tensões em relação à Ucrânia. Putin enfatizou que qualquer movimento dos Estados Unidos em direção à Ucrânia seria considerado uma escalada significativa do conflito.

Entenda de onde vem o arsenal nuclear da Rússia

A Rússia, que herdou seu arsenal nuclear da União Soviética, detém o maior estoque de ogivas nucleares do mundo. Segundo a Federação de Cientistas Americanos, o presidente Putin controla cerca de 5.580 ogivas nucleares, das quais aproximadamente 1.200 estão “aposentadas”, mas ainda intactas, enquanto as restantes estão armazenadas para uso em lançadores estratégicos de longo alcance e forças nucleares táticas de curto alcance.

Essa capacidade nuclear é suficiente para que a Rússia possa “destruir o mundo muitas vezes”, como destacado por especialistas. Durante a Guerra Fria, a União Soviética chegou a possuir cerca de 40 mil ogivas nucleares, enquanto os EUA mantinham aproximadamente 30 mil.

A doutrina nuclear russa, publicada em 2020, estabelece as circunstâncias sob as quais o presidente russo poderia considerar o uso de armas nucleares, incluindo como resposta a um ataque com armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, ou ainda em resposta a um ataque convencional contra a Rússia que ameace a própria existência do Estado russo.

É importante notar que a Rússia tem mantido uma postura de modernização e expansão de suas forças nucleares, conforme observado na “Revisão da Postura Nuclear” dos Estados Unidos em 2022. Putin também mencionou a possibilidade de testes nucleares, após a retirada da Rússia do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT).

Esses acontecimentos recentes suscitaram preocupações e debates sobre a estabilidade e a segurança global, destacando a necessidade de diálogo e negociações para reduzir as tensões e evitar uma escalada de conflitos que poderiam ter repercussões devastadoras em todo o mundo.

Quem poderia dar as ordens de ataque

Na Rússia, o presidente é o único responsável por dar a ordem de lançamento de armas nucleares, com o apoio do ministro da defesa e do chefe do Estado-Maior. Para isso, eles utilizam uma pasta nuclear conhecida como “Cheget”, que está sempre com o presidente e é ligada ao alto escalão militar e às forças de foguetes por meio de uma rede eletrônica secreta chamada “Kazbek”.

Essa pasta possui botões de “iniciar” e “cancelar”, e é ativada por um flashcard especial. Em caso de percepção de um ataque nuclear estratégico, o presidente envia uma ordem direta de lançamento às unidades responsáveis pelos códigos nucleares, que então disparam contra os alvos designados, como os Estados Unidos e a Europa.

Se necessário, o presidente pode ativar o sistema de último recurso conhecido como “Mão Morta” ou “Perimetr”, no qual os computadores decidiram automaticamente o lançamento de ataques nucleares em todo o arsenal russo.