Uma nova imagem capturada em Marte pelo rover Perseverance, da NASA, tem intrigado entusiastas do espaço e cientistas.
Em uma das mais recentes fotos enviadas pelo veículo, uma formação rochosa no planeta vermelho parece se assemelhar a um rosto humano deitado, com uma expressão que muitos descreveram como “cansada”.
O fenômeno, que rapidamente ganhou atenção nas redes sociais, é mais um exemplo curioso de como a exploração espacial pode despertar a imaginação coletiva. Veja detalhes.
Robô fotografa ‘rosto cansado’ em Marte
A fotografia foi registrada pelo Perseverance, um robô projetado para explorar a superfície marciana em busca de sinais de vida antiga e coletar amostras de solo e rochas.
Desde seu pouso no planeta em fevereiro de 2021, o rover tem transmitido uma vasta quantidade de imagens e dados que ajudam a decifrar a geologia e a história de Marte.
No entanto, além de suas missões científicas, o Perseverance tem se tornado uma espécie de “fotógrafo cósmico”, capturando formações que provocam reações inesperadas entre os observadores.
A imagem do “rosto cansado” foi eleita como a “Imagem da Semana” entre os dias 22 e 28 de setembro de 2024, após uma votação popular. Veja abaixo:
O Perseverance, além de capturar essas imagens curiosas, também desempenha um papel fundamental em projetos científicos.
Já realizou quase 730 mil fotografias e coletou dezenas de amostras de solo marciano.
Entre suas realizações mais notáveis, está a produção de oxigênio a partir da atmosfera de Marte, um feito importante para futuras missões tripuladas ao planeta.
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Imagem do rosto cansado em Marte é exemplo de pereidolia; Saiba o que é
Embora impressionante à primeira vista, a foto em Marte é mais um exemplo clássico de pareidolia – um fenômeno psicológico no qual o cérebro humano identifica padrões familiares em objetos ou imagens, mesmo quando eles não estão realmente presentes.
Essa característica do cérebro é especialmente notável quando se trata de reconhecer rostos, um dos padrões mais fortemente enraizados no comportamento humano.
Segundo estudiosos do assunto, o fenômeno da pareidolia está relacionado à nossa evolução.
Ao longo dos milênios, o ser humano desenvolveu a capacidade de reconhecer rapidamente rostos e figuras ameaçadoras, o que aumentava suas chances de sobrevivência.
Carl Sagan, renomado astrofísico, mencionou essa capacidade em seus estudos, destacando que a identificação rápida de possíveis ameaças, como predadores, permitia aos humanos primitivos reagir de maneira eficaz, mesmo que a “ameaça” fosse apenas uma sombra ou uma rocha com forma curiosa.
Assim, embora o “rosto cansado” não tenha valor científico concreto, ele serve como um lembrete fascinante de como nossa mente busca padrões e significados, mesmo em um ambiente tão inóspito e distante quanto Marte.