Registros do fim de uma formação planetária foi capturada por Telescópio James Webb

Recentemente, cientistas começaram a estudar os gases e poeira associados à formação de novos planetas. As pesquisas revelaram que parte dos químicos encontrados na formação planetária ficam em volta de estrelas jovens. Até então, havia imagens de como o processo acontecia. Porém, pela primeira vez, foi registrado os gases se dispersando, momento quando o processo é interrompido. 

A equipe de pesquisadores obteve imagens de um sistema planetário nascente — também conhecido como disco circunstelar — utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JSWT). Neste caso, foi registrado todo o processo de dispersão ativa dos gases, mostrando como uma formação planetária chega ao fim.

Detalhes da pesquisa 

Em comunicado, o pesquisador Naman Bajaj, da Universidade do Arizona, responsável pelas pesquisas, informou: “Saber quando o gás se dispersa é importante porque nos dá uma ideia melhor de quanto tempo os planetas gasosos têm para consumir o gás dos seus arredores”.

Além disso, a pesquisa de Bajaj e sua equipe demonstrou a importância dos discos que cercam estrelas jovens, os quais são fundamentais para entender a formação planetária. Durante as etapas iniciais desse processo, os planetas se aglomeram em um disco de gás e poeira ao redor da estrela em formação. 

As partículas se juntam, formando os planetesimais, que em seguida colidem e se fundem para criar o que conhecemos hoje como os planetas. A natureza e características desses planetas dependem da quantidade e duração do material presente no disco. 

Em adição, a equipe de Bajaj conquistou um marco histórico ao obter imagens do vento do disco, o qual é composto pelo gás que gradualmente escapa durante a formação planetária, utilizando a sensibilidade do telescópio à luz emitida por átomos afetados pela radiação de alta energia. Até o momento, não havia outras pesquisas tão detalhadas sobre o assunto. 

Informações adicionais sobre as descobertas

Com os avanços da tecnologia, os cientistas conseguiram realizar pesquisas mais precisas. Nesse sentido, a detecção da dupla ionização do argônio em um disco de formação planetária foi essencial para o desenvolvimento da pesquisa. Dessa forma, as descobertas iniciais direcionam a pesquisa para compreender a dispersão de gás nos discos circulares, oferecendo novas informações sobre o universo.

Ilaria Pascucci, professora do Laboratório Lunar e Planetário (LPL), que identificou os rastreadores de ventos de disco explicou: “Esses insights nos ajudarão a ter uma ideia melhor da história e do impacto em nosso próprio Sistema Solar”. 

O processo de ionização, gerador de uma luz característica, atua como uma espécie de “impressão digital” química. No entanto, os cientistas enfatizam que essas novas informações são apenas um fragmento dos mistérios que o universo ainda guarda, destacando a contínua necessidade de pesquisa e exploração para desvendar os segredos do cosmos.