Quem está no ensino médio pode ganhar DINHEIRO para estudar; veja como

O ensino médio é um momento importante para os jovens brasileiros, já que muitos estudantes começam a pensar no futuro. Alguns alunos tentam entrar em universidades federais, enquanto outros optam pelas universidades particulares. Embora nem todos tenham condições de arcar com os gastos e desistem dos estudos. Além disso, há aqueles que deixam de estudar para ajudar com as despesas da casa. 

Independente de qual for o caso, a maioria dos estudantes do ensino público enfrenta dificuldades financeiras nessa fase da vida. Pensando nisso, o Governo Federal decidiu desenvolver um programa que visa auxiliar esses jovens.

Através do programa, os estudantes terão direito a receber uma bolsa de estudos e uma poupança ao finalizar o curso. O objetivo é incentivar os estudantes a concluírem o ensino médio. No entanto, os alunos devem assumir a responsabilidade de manter um bom desempenho escolar, com boas notas e alta frequência.

Nesse sentido, o Governo Federal busca garantir que os alunos não tenham que abrir mão dos estudos para trabalhar, e proporcionar uma queda no índice de evasão escolar, duas situações muito comuns no Brasil, que são temas de debates na área da educação. 

Camilo Santana, ministro da Educação, comentou sobre a medida: “A ideia é dar um auxílio que será mensal e uma poupança para que ele possa receber ao final do ensino médio, por ano”. Apesar disso, a proposta está em fase de finalização e deve passar por análises antes de ser divulgada oficialmente. Além disso, os valores pagos pela bolsa de estudos e a poupança devem ser divulgados em breve.

Dados sobre a evasão escolar no Brasil 

O Ministério da Educação conduziu uma série de pesquisas e análises sobre evasão escolar no país. Segundo os dados levantados, 7% dos estudantes do ensino médio abandonam os estudos. A situação piorou depois da pandemia de coronavírus, que impediu muitos jovens de estudar devido às condições financeiras. 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indicou que mais de 2 milhões de crianças e adolescentes, entre 11 e 19 anos, não frequentam a escola no território nacional. A situação não é atual, mas vem atingindo patamares mais preocupantes ao longo dos anos, um reflexo da desigualdade social no Brasil.

“A ideia é que a gente possa garantir um apoio, porque quando um aluno chega no ensino médio, na idade de 14 ou 15 anos, geralmente é aquela fase que, diante da dificuldade da família, ele precisa trabalhar”, explicou Camilo Santana. 

Os repasses do programa devem auxiliar as famílias em vulnerabilidade socioeconômica, sendo uma forma de garantir renda e evitar que os integrantes mais novos da família abandonem a escola para sustentar o lar. Dessa forma, a bolsa tem como objetivo ajudar a arcar com as despesas diárias, como alimentação, aluguel e serviços básicos, como água e energia elétrica. No caso da poupança, o aluno poderá utilizar o dinheiro para projetos pessoais, como investir no próprio negócio ou pagar os estudos na universidade.

As propostas do Ministério da Educação ainda estão sendo analisadas, mas novas informações devem ser divulgadas em breve.