Quando surgiu a rivalidade entre Israel e Irã?
Nesta semana, o Oriente Médio foi novamente palco de uma escalada nas tensões entre Israel e Irã, acendendo preocupações globais sobre o risco de uma guerra generalizada na região.
Ambos os países são forças de grande relevância política e militar no cenário regional, e os recentes ataques e retaliações entre as duas nações evidenciam a persistência de uma rivalidade antiga e profundamente enraizada.
No entanto, muitos se perguntam: quando essa rivalidade começou?
Quando surgiu a rivalidade entre Israel e Irã?
A origem da hostilidade entre Israel e Irã remonta a 1979, com a Revolução Islâmica no Irã. Antes dessa revolução, as relações entre os dois países eram relativamente cordiais.
O Irã, então governado pela dinastia Pahlavi sob o regime dos xás, era um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Apesar de inicialmente se opor à criação de Israel em 1948, o Irã foi o segundo país muçulmano, depois do Egito, a reconhecer o Estado israelense.
Entretanto, a Revolução Islâmica mudou radicalmente o cenário político iraniano.
Com a ascensão de Ruhollah Khomeini e o estabelecimento de uma república islâmica, o Irã passou a adotar uma postura fortemente anti-Israel, que passou a ser visto como um símbolo do “imperialismo” ocidental no Oriente Médio.
Para os novos governantes iranianos, o país inimigo representava não só uma ameaça política, mas também ideológica, e sua existência era considerada ilegítima.
O Irã rompeu as relações diplomáticas e passou a apoiar publicamente a causa palestina, um movimento que também visava aumentar sua influência no mundo islâmico.
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Rivalidade entre Israel e Irã se intensificou nos anos 1980
A partir dos anos 1980, a hostilidade entre os dois países se intensificou, sobretudo com o apoio iraniano a grupos militantes que atuam contra Israel, como o Hezbollah no Líbano.
O governo israelense, por sua vez, passou a ver o Irã como uma das principais ameaças à sua segurança, especialmente devido ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Essa desconfiança mútua resultou em uma “guerra nas sombras”, com ambos os países realizando ataques secretos e operações clandestinas, muitas vezes negando publicamente envolvimento direto.
Nas últimas décadas, essa rivalidade se consolidou como um dos principais fatores de instabilidade no Oriente Médio.
A guerra civil na Síria, o apoio iraniano a facções anti-israelenses e a preocupação do país judeu com o programa nuclear iraniano são alguns dos elementos que perpetuam essa relação de confronto.
Assim, o conflito, que teve suas raízes na Revolução Islâmica de 1979, continua a reverberar, ameaçando a estabilidade regional e internacional.