Provável “dia que a Terra vai morrer” circula pela internet

Nos últimos dias, diversos sites têm divulgado o “dia que a Terra vai morrer” e a notícia está ganhando repercussão na internet. Por isso, decidimos esclarecer tudo sobre esta situação e quais são as pesquisas sendo feitas acerca do assunto, que causa o interesse das pessoas, já que a Terra é um dos principais planetas do sistema solar e o único habitado. 

A princípio, a Terra já experienciou cinco grandes eventos de extinção, todos há milhões de anos, muito antes até da existência dos seres humanos. Dessa forma, não é algo irreal acreditar na possibilidade de que isso possa acontecer de novo um dia. Ainda mais com diversos fatores que interferem na vida na Terra hoje, como possíveis guerras nucleares, catástrofes astrofísicas e mudanças climáticas extremas. 

Apesar disso, não existem pesquisas que indiquem que a Terra tem um prazo de validade e que ela pode “morrer” um dia. Mesmo após eventos de extinção em massa, o planeta se recuperou e formou novas formas de vida, até o surgimento dos seres humanos há cerca de 200 mil anos. 

Último ser vivo da Terra

Em uma possível extinção, os cientistas acreditam que o tardígrado possa ser o último ser vivo da Terra. Neste caso, os tardígrados, microscópicos organismos também conhecidos como ursos d’água, emergem como potenciais sobreviventes em cenários extremos que poderiam dizimar a vida na Terra. 

Com uma resistência única, esses seres podem resistir a condições adversas, incluindo radioatividade e temperaturas extremas. Em um mundo pós-apocalíptico, onde a guerra nuclear ou eventos astrofísicos ameaçam a existência de outras formas de vida, os tardígrados poderiam ser os últimos seres vivos, persistindo em ambientes considerados inóspitos para a maioria dos organismos.

O Dr. David Sloan, publicou um estudo de 2017 explicando sobre a capacidade desses seres vivos de entrar em um estado de criptobiose, no qual desidratam seus corpos e reduzem suas atividades metabólicas a níveis mínimos. Assim, esse estado permite que eles sobrevivam a condições extremas por períodos prolongados, até mesmo décadas. 

Enquanto nós, seres humanos, lutamos para nos proteger de ameaças como a guerra nuclear e impactos de asteroides, os tardígrados, com sua notável resistência, podem muito bem ser os últimos a permanecer, resistindo a temperaturas extremas, pressão e radiação.

Para finalizar, nem toda vida é infinita e os tardígrados também podem deixar de existir caso aconteça a morte do Sol. Porém, os cientistas acreditam que este fenômeno está longe de acontecer e a previsão é para que atinja a Terra daqui 5 bilhões de anos. Por isso, não há motivos para preocupações no momento.