Preço da gasolina salta 3% e Álcool começa a ser considerável; Entenda

Após semanas de queda, os preços da gasolina e do etanol hidratado voltaram a subir, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A gasolina atingiu a média de R$5,58 por litro, enquanto o etanol hidratado, principal concorrente, subiu para R$3,43 por litro.

O aumento na carga tributária e a retomada da cobrança de impostos federais contribuíram para a alta nos preços, e a tendência é de que essa pressão continue em fevereiro, com o aumento do ICMS. A incerteza no cenário internacional, devido aos conflitos no Oriente Médio, também impacta as cotações, tornando as perspectivas futuras do mercado de combustíveis ainda mais imprevisíveis.

Nesse contexto, a decisão de abastecer com etanol ou gasolina torna-se uma consideração crucial para os consumidores, cujos gastos no posto de combustível agora demandam uma análise mais criteriosa diante dos constantes ajustes nos preços.

Álcool ou Gasolina, qual vale mais a pena?

Ao escolher entre abastecer com álcool ou gasolina, muitos motoristas se deparam com a dúvida sobre qual combustível é mais vantajoso para o seu veículo. A resposta, como destacado pelos especialistas, depende de diversos fatores que vão além do simples preço na bomba.

Em cidades mais frias, por exemplo, carros a álcool, especialmente modelos antigos, podem apresentar problemas nas manhãs. Já o desempenho dos modelos flex tem avançado, permitindo benefícios no uso de álcool, mesmo quando o preço é apenas 25% menor que o da gasolina.

Ainda existe a regra dos 70%. Esse é um parâmetro útil no cálculo percentual de gasto de combustível. A eficiência energética do álcool em relação à gasolina é de 70%, tornando a quilometragem percorrida com um tanque de gasolina 30% mais rentável.

O critério mais crucial é o preço do álcool em relação à gasolina. Se o preço do álcool for até 70% do preço da gasolina, optar por ele se torna vantajoso. Nesse caso, um cálculo simples pode ser feito multiplicando o preço da gasolina por 0,7, obtendo o valor máximo que se deve pagar pelo litro de álcool para que seja mais rentável.

Preço dos combustíveis influência no gás de cozinha

Com o término da desoneração, o mercado projeta um cenário de aumento nos impostos para diesel e gás de cozinha no início de 2024, acarretando potenciais implicações econômicas. Caso repassado aos consumidores, esse aumento pode gerar um impacto direto na inflação, afetando não apenas a população de baixa renda, mas também a classe média e os preços praticados pelos restaurantes.

O reajuste previsto para o diesel, devido ao aumento da tributação, pode ter consequências generalizadas nos preços da economia, dada a importância desse combustível no transporte de cargas pelo país e no transporte público.

A situação do gás de cozinha também é sensível às mudanças tributárias. Recentemente, o produto já sofreu um aumento significativo, decorrente do reajuste das alíquotas do ICMS, que subiu de 18% para 20%. No último dia 1º de fevereiro, o gás de cozinha ficou ainda mais caro, com um acréscimo de R$1,41 por quilo. Isso resulta em um aumento considerável para o consumidor, refletindo diretamente no preço final do botijão de 13 kg.

De acordo com a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o estado de Roraima será o mais impactado, com um botijão de 13 kg custando em média R$ 145,08, comparado aos R$ 126,75 da semana anterior.

Em contrapartida, a população de Pernambuco sentirá um impacto menor, desembolsando R$105,17 pelo botijão de gás. Essas mudanças no cenário dos combustíveis e do gás de cozinha destacam a importância de monitorar de perto os desenvolvimentos econômicos para o ano de 2024.