Uma pesquisa recente realizada pelo instituto Datafolha aponta uma queda significativa na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cidade de São Paulo. Segundo os resultados divulgados nesta terça-feira (12), 38% dos eleitores entrevistados aprovam a gestão petista, enquanto 34% a reprovam e 28% avaliam como regular.
Os números representam uma mudança notável em relação ao último levantamento feito em agosto do ano passado, quando o governo Lula contava com 45% de aprovação, uma diferença de 7 pontos percentuais em comparação com a pesquisa atual. A reprovação cresceu 9 pontos nesse período, enquanto a avaliação regular permaneceu estável, oscilando apenas 1 ponto.
A pesquisa revela que o desempenho de Lula é mais positivo entre os eleitores com menor formação, especialmente aqueles que cursaram até o ensino fundamental, com 47% de aprovação. Os eleitores mais velhos, com 60 anos ou mais, também apresentam um índice de aprovação considerável, atingindo 45%.
No entanto, o cenário é diferente entre os evangélicos, onde a desaprovação ao governo Lula atinge 49%, marcando um aumento de 12 pontos percentuais. A aprovação neste grupo caiu 16 pontos desde agosto, contribuindo para as mudanças significativas nos índices gerais. Além disso, eleitores bolsonaristas também demonstram avaliações mais negativas em relação ao governo.
O presidente Lula, em entrevista ao SBT, não citou diretamente a pesquisa Datafolha, mas abordou os recentes resultados sobre a aprovação e popularidade de seu governo. Ele reconheceu que as avaliações atuais são justas, pois muitas das promessas de campanha ainda não foram concretizadas. Lula afirmou estar confiante de que ao longo do ano os programas do governo geraram resultados positivos, impactando os índices de aprovação.
Veja a seguir
Pesquisa Genial/Quaest revela dados sobre aprovação de Lula
Paralelamente, uma pesquisa Genial/Quaest revela um aumento na desaprovação ao presidente Lula, especialmente entre os evangélicos, após declarações críticas sobre Israel. A desaprovação passou de 43% para 46%, enquanto a aprovação recuou de 54% para 51%. Integrantes do governo sugerem que Lula adote uma postura mais centrada, especialmente em pautas de costumes, como aborto, invasão de terras e legalização das drogas, para reconquistar o apoio de grupos como os evangélicos.
A pesquisa Genial/Quaest indica uma avaliação negativa do governo em ascensão, alcançando 34%, próxima à positiva, que é de 35%, configurando um empate técnico. A dificuldade de conexão com segmentos específicos, como os evangélicos, torna-se evidente, desafiando a estratégia inicial de Lula de conquistar esse eleitorado por meio do desempenho econômico.
O presidente é aconselhado a adotar posturas mais claras, como se posicionar contra a descriminalização do aborto, visando neutralizar discursos bolsonaristas nas redes sociais. Além disso, sugere-se um maior diálogo com líderes religiosos e uma abordagem mais firme em relação às invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A pesquisa Genial/Quaest destaca que as recentes declarações de Lula sobre Israel impactaram negativamente sua avaliação, principalmente entre os evangélicos, e reforçam a necessidade de ajustes na estratégia do governo para reconquistar o apoio popular.