Onde os sonhos têm gosto de infância e cheiro de café fresco
No coração do centro de Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte, nasceu uma confeitaria que se recusa a ser apenas mais um endereço gastronômico. A Aninha Doces Confeitaria Artesanal é, antes de tudo, a materialização de um sonho — daqueles que resistem ao tempo, ao cansaço e às dificuldades do empreendedorismo no Brasil.
“Sempre sonhei em ter um lugar onde as pessoas vivessem experiências diferentes. Um espaço com móveis que não contam apenas a minha história, mas a de outras pessoas também”, conta emocionada a fundadora, Ana Maria Gregório Pacheco. Com mais de 25 anos de experiência, Ana ainda atende hotéis e pontos de vendas na grande BH .
A confeitaria fica localizada na Rua Francisco de Azevedo, 44 – loja 5.

Hoje, são 15 colaboradores diretos e 4 indiretos que compartilham a rotina do negócio. Mas, observando o atendimento e todas as receitas feitas, faz-se questão de destacar que ali não se trata apenas de números: são 15 famílias que crescem junto à loja. O trabalho envolve sonhos -literais – mas também profissionais de cada colaborador.
Assim como um bom pão de queijo que leva tempo para se formar, mas surpreende a cada mordida, Aninha, formada em gastronomia com ênfase em pâtisserie, também têm seus desafios. Entre eles, criar produtos novos, manter o atendimento excelente e garantir que cada cliente saia dali com uma memória afetiva.
“Pensamos em oferecer experiências gastronômicas únicas, como um doce que te leva à infância ou um prato salgado que te faz lembrar da casa da vó”, explica. Tudo é feito artesanalmente, com ingredientes frescos e temperos naturais, preparados na própria loja.
Um dos destaques do cardápio é o pão de mel, uma criação original da fundadora que ganhou repercussão nacional ao aparecer no programa Que Seja Doce, do canal GNT. Já no menu salgado, o campeão de vendas é o strogonoff artesanal, que conquista pela simplicidade e sabor.

Nas redes sociais, uma equipe dedicada cuida da imagem da cafeteria, registrando momentos, pratos e histórias. “Fotografamos, divulgamos e analisamos o que mais conecta com o público”, detalha. A estratégia digital é clara: não se trata apenas de vender, mas de emocionar, envolver e inspirar.
Recentemente, por exemplo, a Aninha realizou um arraial de comidas típicas, como mingau de milho verde, canjica e bolo de fubá.
Mesmo após a mudança de endereço há dois anos, o sentimento de continuidade permanece firme. Funcionárias como Gisele, Isadora e Gabriela, que acompanham essa nova fase desde o início, são exemplos de como o negócio gera impacto e sentido para quem trabalha ali.

A vontade de crescer está nos planos, assim como a certeza de que o sonho não para por aqui. “Ser empreendedora não é fácil. Mas cada passo vale a pena”, resume a fundadora.
A história da Aninha Doces resume bem os desafios de uma empreendedora brasileira que, com garra e determinação, impacta famílias e a sociedade ao entorno. Uma cafeteria que alimenta mais do que o estômago — alimenta a alma e relembra a infância de cada cidadão pedro-leopoldense (e quem por aqui passa).