Nasa confirma fenômeno que pode gerar novas tempestades solares no Terra
No último domingo (21), o Observatório de Dinâmica Solar (SDO) da NASA capturou uma tempestade solar que gerou uma ejeção de massa coronal (EMC) direcionada para a Terra. Esse evento notável teve origem na mancha solar AR3757 durante uma erupção solar classificada como M1.
O SDO registrou imagens da explosão solar, revelando uma nuvem de “plasma negro” emergindo do Sol. Embora esse fenômeno possa parecer incomum inicialmente, ele ocorre devido à baixa densidade do plasma em comparação com a densa atmosfera solar. Conforme o plasma se afasta do Sol, sua coloração escura nas imagens é resultado dessa menor densidade em relação ao ambiente solar mais denso.
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Ciclo solar e suas tempestades solares
Embora este tipo de evento possa intensificar a atividade geomagnética, a NOAA não prevê problemas graves. Tempestades solares desse tipo são bastante comuns e fazem parte do ciclo natural de atividade solar, que está atualmente em seu 25º ciclo. O Sol passa por um ciclo de 11 anos, e estamos no Ciclo Solar 25 neste momento.
Nos picos desse ciclo, várias manchas solares aparecem na superfície do Sol, sinalizando zonas de alta energia. As linhas magnéticas ao redor dessas manchas podem se entrelaçar e romper, levando a explosões solares que liberam grandes quantidades de partículas carregadas e radiação.
As explosões solares são categorizadas em um sistema de letras de A a X, com base na intensidade dos raios-X emitidos. Cada classe representa um aumento de dez vezes na intensidade em relação à anterior. A explosão solar detectada foi classificada como M1, uma intensidade média que, embora significativa, não alcança a força das explosões de classe X, que são as mais potentes do espectro solar.
Embora as tempestades solares possam parecer alarmantes, a maior parte de seus efeitos é neutralizada pela magnetosfera da Terra. No entanto, esses eventos podem provocar fenômenos visíveis, como auroras boreais e austrais, que são observadas em áreas próximas aos polos. Tempestades solares mais intensas também têm o potencial de afetar sistemas de comunicação e navegação, bem como redes elétricas.
Métodos de previsão
A vigilância constante do Sol e suas atividades, feita por observatórios como o SDO da NASA, é crucial para a previsão e compreensão dos eventos solares. Esse monitoramento possibilita a adoção de medidas apropriadas para reduzir os impactos na Terra, garantindo a proteção tanto das infraestruturas tecnológicas quanto dos sistemas naturais.
Os cientistas conseguiram aprimorar a previsão de tempestades solares, podendo calcular a velocidade e o impacto de uma EMC antes mesmo de ela se afastar completamente do Sol. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Aberystwyth revelaram essas novas descobertas na Reunião Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society.
A pesquisa concentrou-se nas “regiões ativas” do Sol, os locais onde as ejeções de massa coronal (EMCs) se originam, e examinou a “altura crítica” onde o campo magnético se torna instável. Ao combinar essas informações com um modelo geométrico tridimensional, é possível fazer previsões mais precisas sobre as tempestades solares.