Nasa confirma cidades brasileiras que estão perto do ‘colapso’ e podem ser engolidas pelo Mar

Novo estudo da NASA revela que algumas cidades brasileiras podem estar perto do ‘colapso’ e podem ser engolidas pelo mar no futuro. Embora não exista esta preocupação no momento, é possível que no futuro algumas das cidades costeiras que conhecemos hoje possam deixar de existir devido um fenômeno que está acontecendo no mundo inteiro. 

Com base em dados fornecidos pela NASA e pesquisas climáticas, um estudo conduzido pelo Climate Central revelou que várias cidades ao redor do globo estão sob ameaça devido ao aumento do nível do mar, especialmente se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, levando a um aquecimento global de 3°C.

No Brasil, algumas áreas costeiras das Regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste estão sob alerta, de acordo com o estudo. Os pesquisadores analisaram diferentes cenários de aquecimento e concluíram que algumas cidades correm um risco significativo de ficarem submersas nas próximas décadas.

Causas e Impactos

A elevação do nível dos oceanos é atribuída principalmente à poluição atmosférica e ao derretimento das geleiras da Groenlândia e da Antártica. Por enquanto, é estimado que, com um aumento de 3°C na temperatura global, mais de 50 grandes cidades em todo o mundo terão seus territórios invadidos pela água.

Dessa forma, o aumento representaria um perigo para cerca de 10% da população mundial, o equivalente a mais de 800 milhões de pessoas, tornando muitas nações insulares pequenas praticamente inviáveis.

“As atuais taxas de aceleração significam que estamos no caminho para adicionar mais 20 centímetros ao nível médio global do mar até 2050, (…) aumentando a frequência e os impactos das inundações em todo o mundo”, de acordo com Nadya Vinogradova Shiffer, diretora de pesquisas da NASA.

Regiões brasileiras sob alerta

Como dito antes, este é um cenário futuro e muitas dessas cidades não correm risco no momento. Porém, os governos devem começar a se planejar para prevenir que desastres aconteçam e garantir a segurança das pessoas. Além disso, é fundamental desenvolver medidas não apenas para mitigar danos, mas para impedir que isto aconteça, como investir em sustentabilidade e na proteção do meio ambiente, sobretudo vegetações costeiras.   

No Brasil, cinco estados estão particularmente em risco:

  • Rio de Janeiro: Cidades costeiras como a Ilha do Governador, Duque de Caxias e Campos Elísios poderão ser afetadas. Além da capital, outras cidades como Campos dos Goytacazes e Cabo Frio também estão em risco.
  • Pará: Parte da ilha de Marajó e áreas de Belém e Bragança podem ficar submersas.
  • Amapá: A Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Ilha de Maracá, além de Oiapoque e partes de Macapá, podem ser afetadas.
  • Maranhão: São Luís e as ilhas de Santana e Carrapatal, juntamente com parte dos Lençóis Maranhenses, correm o risco de ficar submersas.
  • Rio Grande do Sul: Cidades como Porto Alegre, Pelotas e Canoas, além das ilhas de Torotama e Machadinho, também estão sob alerta.

Além do Brasil, outros países como a China, a Índia, o Vietnã e a Indonésia estão correndo o risco de sofrer com o aumento dos níveis do oceano a longo prazo. Assim como diversas ilhas, dentre elas as Ilhas Cocos, as Maldivas, Ilhas Cayman e Bahamas, que podem ter mais de 90% das suas populações embaixo d’água.

Um grande exemplo de países que estão desaparecendo é Tuvalu, ao sul da Oceania, que tem previsão de desaparecer nos próximos anos devido ao aumento do volume de água nos oceanos. A região está a apenas cinco metros do nível do mar e pesquisadores indicam que nas próximas décadas, toda a região pode ser engolida pela água.

Mesmo que as emissões de carbono fossem reduzidas de acordo com o Acordo Climático de Paris, ainda haveria um aumento médio global no nível do mar de 2,9 metros ao longo de vários séculos, destacando a urgência de ações para mitigar as mudanças climáticas e seus impactos.