A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mais conhecida como Anvisa, divulgou recentemente uma marca de pão integral que está proibida de circular no mercado. Segundo a agência, a marca apresentou irregularidades em alguns produtos e precisou ser fiscalizada para garantir a segurança dos consumidores.
Em 2023, a Anvisa lançou novas diretrizes na legislação no que diz respeito ao que define um produto como integral. Até então, muitas marcas utilizam o termo “100% integral” nas embalagens, sobretudo de pães, biscoitos e torradas. Porém, após fazer uma verificação detalhada dos produtos, a Anvisa determinou que nem todos estavam sendo vendidos como integrais.
Dessa forma, as marcas não podem utilizar mais a definição como “100% integral”. Algumas delas optaram por aderir a novas palavras na embalagem, como “vida”, “natural” e “nutrição”, se adaptando às novas regras. Apesar disso, a Anvisa determinou que os produtos devem ter, pelo menos, 30% de ingredientes integrais em sua fabricação para receberem o rótulo de produto integral.
Caso descumpram as regras, os fabricantes serão notificados e multados por infração sanitária. Nos casos mais graves, a marca pode sofrer interdição dos produtos e cancelamento do alvará.
Produtos integrais
Em relação à mudança na composição dos pães, a Anvisa informou que, conforme as novas regulamentações em vigor, as marcas devem se adequar às novas definições do que realmente constitui um pão integral. De modo geral, o produto é associado a uma escolha mais saudável, o pão integral é reconhecido por suas fibras, vitaminas e minerais, em contraste com seu equivalente refinado.
O pão integral, que utiliza farinha integral, preserva todo o grão do cereal, resultando em um produto final mais rico em nutrientes essenciais para a saúde. Em contrapartida, o pão “normal”, ou refinado, é feito com farinha branca, onde o grão é refinado, resultando na perda de uma grande parte desses nutrientes benéficos.
Segundo as novas diretrizes, alimentos contendo cereais, como trigo e milho, ou pseudocereais, como quinoa e trigo sarraceno, que não passaram pelo processo de refinamento, são agora classificados como integrais. Neste caso, a definição tem como objetivo garantir a preservação da maioria das fibras, vitaminas e minerais.
Marcas que aderiram a mudança
Até o momento, marcas como Bauducco, Nutrella, Panco e Wickbold informaram que já estão trocando a definição na embalagem e aderiram à mudança de utilizar, pelo menos, 30% de produtos integrais na fabricação de pães.
No caso da Bauducco, a marca optou por substituir o termo “integral” pela porcentagem de ingredientes integrais utilizados na fabricação. Segundo a marca, “apoia toda iniciativa que vem para facilitar a informação e dar autonomia ao consumidor”, demonstrando que está de acordo com a regulamentação da Anvisa.
Além dela, a Nutrella afirmou que não deve mais utilizar o termo “100% integral”, tendo substituído ele por “100% natural”. Algumas das outras marcas colocam na embalagem e no rótulo os grãos utilizados durante a fabricação do pão, assim como a farinha utilizada.
Para finalizar, a iniciativa da Anvisa é uma forma de manter a regulamentação de produtos consumidos no cotidiano dos brasileiros e garantir que os consumidores tenham acesso a produtos de qualidade.