Momento difícil! Atriz global comenta sobre a pressão estética e saúde mental “eu me sentia um rato”

A atriz global Paolla Oliveira, de 42 anos, conhecida por seus papéis em novelas e sua presença marcante na televisão brasileira, compartilhou recentemente experiências dolorosas relacionadas à pressão estética e à saúde mental. Em diversas entrevistas e participações, Paolla revelou como a expectativa de perfeição afetou sua vida pessoal e profissional, levando-a a uma jornada de autodescoberta e aceitação.

Nos últimos tempos, Paolla Oliveira tem se destacado como uma defensora da liberdade feminina, especialmente no que diz respeito à luta contra a pressão estética. Em 2023, a atriz enfrentou críticas severas durante os ensaios da escola de samba Grande Rio, onde é Rainha de Bateria. “Eram haters falando: ‘Você é horrorosa’. Deram ‘pedrada’ e eu respondi. Isso é fruto da maturidade, de ter apanhado bastante e ter refletido. Aí consegui rebater essas pessoas”, contou Paolla em entrevista ao podcast “Podpah”.

As críticas não se limitaram ao mundo do samba. Em um dos episódios mais emblemáticos de sua carreira, Paolla relatou que teve suas pernas consideradas “inadequadas” para um comercial de absorvente, levando à contratação de uma modelo de pernas. “Foram anos de numerologia e terapia para que eu finalmente me sentisse pronta para reagir”, afirmou a atriz. Ela mencionou a importância de encontrar eco nas vozes de outras mulheres que também sofrem com a pressão estética, e como isso a ajudou a enfrentar os desafios de forma mais assertiva.

Redes Sociais e Autoconfiança

Recentemente, Paolla tomou a decisão de não usar filtros em suas redes sociais, com o objetivo de incentivar mulheres a amarem suas imperfeições. Em uma participação no Power Trip Summit, organizado pela Marie Claire, ela explicou: “Nas minhas redes sociais quis me mostrar como eu mesma, era um valor meu, queria só a liberdade de não ter que ser perfeita nas minhas redes”. A decisão teve um efeito terapêutico para a atriz, que sempre se sentiu incomodada com a modificação de sua imagem em campanhas e capas de revista.

Paolla falou sobre a importância de se sentir natural e não precisar recorrer a retoques. “Cheguei ao ponto de pedir para devolver meus volumes, minha perna, minhas dobrinhas. Estou muito satisfeita em não precisar me modificar”, disse. Ela destacou que a liberdade de não ter que ser perfeita é um valor pessoal e criticou o uso excessivo de Photoshop e filtros, que distorcem a realidade.

Apesar de tentar transformar suas redes sociais em um espaço de conforto, Paolla reconhece que lidar com comentários negativos foi um desafio constante. “Caí nessa cilada de responder essas pessoas que falaram do meu corpo muitas vezes, menti até, para suprir coisas que nem precisava suprir”, revelou. A atriz enfatizou que a sociedade não questiona a preparação dos homens para a vida da mesma forma que faz com as mulheres. “Ninguém pode tirar nossa potência por causa da nossa aparência”, afirmou Paolla, refletindo sobre como as críticas afetaram sua autoconfiança.

Atriz está superando as críticas e encontrando a liberdade

Paolla Oliveira ressaltou que o caminho para a autoconfiança é único para cada pessoa, e que, para ela, foi um processo longo e desafiador. “A maior estratégia para adquirir autoconfiança é o tempo, só que às vezes queremos que chegue mais rápido. Agora, olhando para trás, percebo que fui mais aberta para ouvir e usei tudo isso como ferramenta para me construir”, explicou a atriz.

Ela também discutiu como momentos de vulnerabilidade, como períodos de doença e afastamento dos padrões estéticos, foram frequentemente ignorados pelas pessoas ao seu redor. “Todas as vezes que estive afastada do que era o aceitável para a opinião alheia, estava sempre doente, com hipertireoidismo, precisando tomar corticoide. Nunca ninguém perguntou se eu estava bem”, disse Paolla, destacando a falta de empatia e compreensão.

A atriz encerrou suas reflexões afirmando que é um privilégio poder viver de forma íntegra e com propósitos. Ela espera que, no futuro, as pessoas valorizem mais a essência e o bem-estar das mulheres, em vez de focar apenas na aparência. “Eu me sentia um rato, diminuída, mas quando encontrei um caminho que me libertava, ganhei uma vida forte para além da celebridade, do trabalho. É um privilégio viver quem a gente é”, concluiu Paolla Oliveira.