Lula COMEMORA novidade sobre o Bolsa Família
Uma pesquisa divulgada em uma reportagem do Valor Econômico mostrou que, quinze anos após a inclusão no Bolsa Família, quase dois terços dos dependentes dos beneficiários não estão mais registrados em nenhum programa social federal.
Além disso, aproximadamente 50% desses dependentes conseguiram obter empregos formais em algum momento nos anos seguintes. De acordo com os pesquisadores, os dados indicam que o Bolsa Família proporciona “melhores condições de vida” para os beneficiários e seus dependentes, não apenas a curto prazo, mas também a longo prazo.
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Essas informações foram apresentadas por um grupo de sete pesquisadores brasileiros, incluindo integrantes do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e da Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Avanço do Bolsa Família
O presidente Lula (PT) manifestou contentamento com os resultados do programa, que considera um símbolo de seus mandatos. Em uma postagem no X (antigo Twitter), ele celebrou as evidências de que o Bolsa Família tem gerado avanços substanciais ao longo dos anos, ressaltando seu papel na diminuição da fome e da pobreza, bem como na criação de oportunidades para as gerações futuras.
Segundo Paulo Tafner, diretor-presidente do IMDS e coautor do estudo intitulado “Mobilidade social e programas de transferência condicional de renda: o programa Bolsa Família no Brasil” (tradução livre do inglês), o programa tem apresentado benefícios a longo prazo que não foram antecipados quando foi criado.
Dados do estudo
A pesquisa concentrou-se nos dependentes que tinham entre 7 e 16 anos em 2005, quando o Bolsa Família foi lançado. Entre esses indivíduos, 64% já não estavam mais cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais em 2019, o que indica que, aparentemente, não necessitam mais do auxílio federal. Adicionalmente, 45% desses dependentes obtiveram empregos formais entre 2015 e 2019.
Os impactos positivos do programa diferem conforme fatores como gênero, idade, etnia e localização geográfica. Segundo os pesquisadores, homens mais velhos e brancos frequentemente experienciam uma mobilidade social maior, enquanto as regiões mais prósperas do Sul do Brasil mostram quase o dobro da mobilidade em comparação com as áreas menos desenvolvidas do Norte.
Além disso, é provável que muitos dos dependentes analisados estivessem solteiros e sem filhos em 2019. Caso passassem a ter filhos, a situação poderia mudar drasticamente, potencialmente levando-os de volta à pobreza, conforme aponta Tafner.