Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou críticas ao reformular o Programa Voa Brasil, que agora exclui jovens de baixa renda e inscritos no Bolsa Família, ao menos na primeira fase da iniciativa.
Originalmente, o programa tinha como objetivo oferecer passagens aéreas a preços reduzidos, de até R$ 200, para estudantes do Prouni e beneficiários do Bolsa Família.
No entanto, a versão final do projeto contemplará apenas aposentados.
Jovens de baixa renda e inscritos no Bolsa Família perdem R$ 200
O Programa Voa Brasil, que visa facilitar o acesso ao transporte aéreo, promete vender passagens por até R$ 200, uma proposta que despertou grande expectativa entre os jovens de baixa renda.
A decisão de restringir o benefício a aposentados, que não viajaram de avião nos últimos 12 meses, gerou frustração entre os eleitores mais jovens, muitos dos quais veem nas políticas sociais de Lula uma esperança de inclusão e mobilidade social.
O governo justificou a mudança com a necessidade de avaliar os resultados do programa antes de expandi-lo para outros grupos.
Ainda não há data definida para a inclusão de jovens de baixa renda e inscritos no Bolsa Família no Voa Brasil.
O plano é vender 3 milhões de bilhetes no primeiro ano, uma estratégia que visa preencher assentos ociosos e apoiar as companhias aéreas sem onerar o orçamento federal.
O processo de aquisição das passagens será realizado através de um site específico, onde os aposentados usarão o cadastro do gov.br para verificar se atendem aos critérios do programa.
Após a seleção do bilhete, os usuários serão redirecionados ao site da companhia aérea para finalizar a compra.
Estima-se que 23 milhões de aposentados no Brasil poderão se beneficiar desta iniciativa, com cerca de 85% deles recebendo até dois salários mínimos.
Desde seu anúncio em março de 2023, o Voa Brasil sofreu vários adiamentos. No entanto, o governo retomou as discussões recentemente, com o objetivo de lançar o programa até o final de julho, dependendo da aprovação presidencial.
A decisão de excluir temporariamente os jovens de baixa renda e os inscritos no Bolsa Família reflete uma estratégia cautelosa do governo, mas também desaponta uma parcela significativa de seu eleitorado, que esperava ser beneficiada desde o início da iniciativa.