Inverno começa nesta semana, mas o calor não deve dar trégua; veja o que esperar da estação

O inverno de 2024 está prestes a começar, trazendo consigo a esperança de temperaturas mais amenas após um outono marcado por um veranico persistente. A chegada da nova estação na próxima sexta-feira (21) promete mudanças no clima, embora o calor ainda deva se manter presente em diversas regiões do Brasil.

Especialistas da Climatempo e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) compartilham suas previsões sobre como será o clima nos próximos meses. 

Inverno.
(Reprodução/Internet)

Perspectivas para o Início do Inverno

Com a transição para o inverno, é esperado um alívio temporário nas altas temperaturas. Segundo Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, o calor deve amenizar logo no primeiro fim de semana da estação, com temperaturas mais baixas por volta do dia 23.

No entanto, essa tendência não deve se consolidar ao longo de toda a estação. Embora dias de frio estejam previstos para este inverno, eles não serão a norma. A previsão indica um equilíbrio entre dias mais frios e períodos de temperaturas elevadas.

Vinicius Lucyrio, outro meteorologista da Climatempo, reforça que o inverno de 2024 terá, de maneira geral, temperaturas acima da média. A influência de uma massa de ar seco e quente continuará a impactar o clima, especialmente em junho, mantendo as temperaturas elevadas e a umidade baixa. Andrea Ramos, do Inmet, acrescenta que a umidade pode chegar a 25% em algumas áreas, agravando a sensação de calor.

Impacto do La Niña no Clima de Inverno

O fenômeno climático La Niña, previsto para se instalar no segundo semestre de 2024, também terá um papel significativo no clima deste inverno. A diminuição das temperaturas no Oceano Pacífico Equatorial Central e Centro-Leste favorece a chegada de mais frentes frias ao centro-sul da América do Sul, incluindo o Brasil. Segundo Lucyrio, estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná devem receber um maior número de massas de ar frio no início do inverno.

Contudo, a maioria dessas frentes frias não avançará significativamente para o interior do país. As regiões Sudeste, Centro-Oeste e partes do Norte sentirão menos os efeitos dessas massas de ar frio, mantendo o padrão de temperaturas mais elevadas. A partir de julho e agosto, o aumento gradual de massas de ar frio deve se tornar mais perceptível, resultando em dias com temperaturas mais baixas.

Dessa forma, vale reforçar que o inverno de 2024 começará com uma breve trégua no calor, mas as temperaturas elevadas não devem dar descanso. A influência contínua de massas de ar seco e quente, combinada com o impacto de La Niña, resultará em um inverno marcado por um equilíbrio entre dias frios e quentes. Os brasileiros devem se preparar para um inverno atípico, com predomínio de temperaturas acima da média, especialmente no final da estação.