O goleiro Bruno Fernandes, conhecido pela sua condenação no caso da morte de Eliza Samudio, enfrenta a possibilidade de voltar para a prisão. A reportagem de O Tempo apurou que Bruno atrasou novamente o pagamento da pensão alimentícia de seu filho, Bruninho, atualmente com 14 anos.
Recentemente, Bruninho, que assinou contrato com o Botafogo, passou a morar a cerca de 160 km de seu pai. Apesar dessa proximidade, o relacionamento entre os dois parece ainda distante. Um exemplo disso é que Bruno seguiu o filho no Instagram, mas não foi seguido de volta.
A advogada Maria Lúcia Gomes, que representa Bruninho há 14 anos, relatou que Bruno nunca foi regular no pagamento da pensão, que atualmente é estimada em dois salários mínimos. Em 2022, uma tentativa de resolver a situação foi feita através de uma vaquinha virtual organizada por Bruno, que arrecadou cerca de R$ 25 mil e vendeu um carro avaliado em R$ 70 mil. Esse esforço foi suficiente para reverter uma ordem de prisão na época.
O que acontece se Bruno não pagar a pensão
Com o novo atraso no pagamento, a advogada de Bruninho solicitou a notificação judicial de Bruno, exigindo que ele quite a dívida em até três dias. Caso Bruno não apresente uma justificativa plausível ou pague o valor devido, ele poderá ser preso novamente. No entanto, até o momento, Bruno ainda não foi notificado por questões burocráticas.
O processo original corria na Justiça de Mato Grosso do Sul, mas foi transferido para o Paraná quando Bruninho atuava pelo Athletico Paranaense. Agora, com a sua mudança para o Botafogo, o processo será encaminhado para a Justiça do Rio de Janeiro. Em 2022, a Justiça determinou que Bruno pagasse mais de R$ 650 mil por danos morais e materiais a Bruninho, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda está analisando os recursos.
A tentativa de contato com Bruno Fernandes não obteve resposta. Atualmente, ele cumpre liberdade condicional referente à pena de 20 anos estipulada pela Justiça.