Ganhe dinheiro em um imóvel sem ser o dono: passo a passo

No Brasil, muitas pessoas sonham em investir em imóveis, com o objetivo de transformar parte de seu patrimônio em uma fonte de renda. No entanto, é possível que os investidores encontrem dificuldades para alcançar essa meta, deixando de investir no financiamento imobiliário devido aos seus desafios. 

Apesar disso, há uma alternativa menos onerosa e sem as complicações de ser proprietário: os ativos financeiros conhecidos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Como funcionam essas modalidades de investimentos?

A LCI é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras para captar recursos destinados ao setor imobiliário, conforme explica George André Willrich Sales, professor e coordenador do mestrado profissional em controladoria e finanças da FIPECAFI. Nesse sentido, esses títulos, assim como outros de renda fixa, geralmente contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), oferecendo uma camada adicional de segurança aos investidores, como aponta Gustavo Pistori, CFA e head de investimentos da TRAAD.

Por outro lado, o CRI é semelhante à LCI para os investidores, sendo ambos títulos de renda fixa que proporcionam retorno financeiro acrescido de juros. A principal diferença está no fato de o CRI representar um conjunto de dívidas já existentes no mercado imobiliário, as quais são vendidas por empresas originadoras para securitizadoras. Vale ressaltar que, ao contrário da LCI, o CRI não conta com a proteção do FGC.

Além disso, uma das grandes vantagens desses ativos financeiros é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos gerados, sendo aplicável a pessoas físicas residentes no Brasil. No caso, a isenção se aplica especificamente aos rendimentos, não abrangendo eventuais ganhos de capital na venda do título, com regras que podem variar de acordo com o produto e as condições específicas do investimento, conforme destaca George André Willrich Sales.

Imobiliario
Descubras novas modalidades de investimentos em fundos imobiliários. (Reprodução/Internet)

Como investir?

Para investir sabiamente nesses ativos, é essencial compreender os tipos de LCIs e CRIs disponíveis. Ambos podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos, oferecendo diferentes estratégias de investimento para os interessados.

No entanto, existem riscos associados a essas aplicações. Na LCI, há o risco de perda de dinheiro ao resgatar o valor antes do vencimento, bem como o risco da instituição financeira emissora. Dessa forma, a liquidez da LCI também é menor em comparação com outros investimentos, alerta Martin Iglesias, especialista líder em investimentos e alocação de ativos do Itaú Unibanco.

Quanto aos CRIs, a ausência de cobertura do Fundo Garantidor de Crédito e o risco de inadimplência do devedor do financiamento imobiliário são pontos de atenção. Assim, a liquidez desses títulos também é menor em comparação com ativos como o Tesouro Direto e CDB, conforme observa Martin Iglesias.

Em relação às perspectivas para 2024, especialistas indicam que LCIs prefixadas podem se destacar devido à queda nas taxas de juros, oferecendo rentabilidade preestabelecida. Além disso, os CRIs prefixados podem ser uma opção interessante diante do cenário econômico atual.

Para quem busca números concretos, simulações foram realizadas considerando investimentos de R$ 500 mil em LCIs com rendimento de 95% e 90% do CDI, apresentando projeções de retorno ao longo de diferentes períodos. 

Especialistas informaram quanto renderia o título. Portanto, veja os valores de retorno financeiro de R$ 500 mil na LCI em:

  • 1 ano: aproximadamente R$ 55,414 mil;
  • 2 anos: mais ou menos R$ 115,178 mil;
  • 5 anos: em torno de R$ 342,52 mil;
  • 10 anos: aproximadamente 922,037 mil.