Galáxia “morta” mais antiga do Universo é encontrada por James Webb

O Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA desvendou uma descoberta extraordinária: a galáxia “morta” mais antiga já observada no Universo, batizada como JADES-GS-z7-01-QU. Esta revelação desafia as explicações convencionais sobre o cosmos primitivo, destacando-se por ter interrompido abruptamente a formação de estrelas apenas 700 milhões de anos após o Big Bang.

O achado, recentemente compartilhado na revista Nature, oferece aos astrônomos uma visão única dos mistérios fundamentais da evolução galáctica em um Universo nascente. O autor principal do estudo, Tobias Looser, comparou o Universo primitivo a um “bufê self service” para as galáxias, enfatizando a necessidade de um suprimento abundante de gás para o nascimento de novas estrelas.

Galáxia morta
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Entenda como se formou a galáxia morta JADES-GS-z7-01-QU

O que torna a JADES-GS-z7-01-QU excepcional é a rapidez com que se formou, menos de um bilhão de anos após o início do Universo, e como encerrou sua produção estelar de maneira abrupta. Isso contrasta com outras galáxias “mortas” conhecidas, que geralmente interrompem a formação estelar por volta dos três bilhões de anos.

O enigma levanta questões sobre eventos cósmicos rápidos e dramáticos no Universo primitivo, desafiando as teorias atuais. Francesco D’Eugenio, coautor do estudo, destacou que a maioria das galáxias normalmente cessa a formação estelar muito mais tarde no desenvolvimento cósmico.

Para desvendar os segredos de JADES-GS-z7-01-QU, os astrônomos utilizaram a visão infravermelha poderosa do JWST, revelando que a galáxia formou estrelas intensamente por 30 a 90 milhões de anos antes de um desligamento repentino. As possíveis razões para esse fenômeno incluem turbulências internas ou escassez de gás para sustentar a formação estelar.

Essa descoberta desafia as teorias convencionais e destaca a necessidade de reavaliar nossos entendimentos sobre a evolução galáctica no Universo primordial. Ao explorar os confins do cosmos, o JWST continua a proporcionar insights valiosos, revelando segredos cósmicos que ampliam nossa compreensão do Universo.

Porque a Galáxia “morta” intriga os pesquisadores

As teorias atuais, fundamentadas no Universo moderno, enfrentam dificuldades em explicar completamente as propriedades distintas de JADES-GS-z7-01-QU. A necessidade de revisar esses modelos destaca a complexidade única dessa galáxia pioneira e a falta de paralelos em galáxias conhecidas.

Uma hipótese intrigante sugere que galáxias no Universo primitivo podem experimentar um ciclo de “morte” e ressurreição. No entanto, pesquisas anteriores indicam que galáxias “mortas” dessa época não têm a capacidade de rejuvenescer, mesmo por meio de fusões com galáxias próximas. Esse enigma cósmico desafia as compreensões convencionais e destaca a necessidade de mais observações para esclarecer esse fenômeno único.

“Precisaremos de mais observações para nos ajudar a descobrir isso”, destaca D’Eugenio sobre a resolução deste enigma cósmico.