Funcionários de empresa de Carlinhos Maia ficam meses sem receber salários

A polêmica envolvendo o Girabank, banco digital fundado pelo influenciador Carlinhos Maia, tem ganhado destaque nas últimas semanas devido às acusações de ex-funcionários que afirmam estar meses sem receber salários.

O Girabank, que foi lançado no início de 2022, é uma fintech que prometia revolucionar o mercado de serviços bancários digitais. Com mais de 2 milhões de correntistas, o banco digital parecia estar no caminho certo para o sucesso. No entanto, os problemas começaram a surgir quando a empresa foi cobrada na Justiça para pagar uma dívida de R$ 9 milhões, o que já demonstrava sinais de dificuldades financeiras.

A situação dos ex-funcionários da Prudentte Gestão de Pagamentos Ltda., empresa sócia do Girabank, responsável pelo funcionamento do aplicativo, é ainda mais preocupante. De acordo com relatos, os atrasos nos pagamentos começaram no ano passado e a empresa simplesmente deixou de pagar os salários.

Falta de empatia

Os ex-funcionários relatam que foram enganados com promessas de que os problemas seriam resolvidos em breve, enquanto continuavam a trabalhar sem receber seus salários. Alguns foram despejados de suas casas, enfrentando dificuldades extremas para sobreviver.

A divulgação de conversas entre os funcionários e dirigentes da Prudentte, nas quais são feitas promessas vazias de um aporte internacional que resolveria a questão dos salários, apenas piorou a situação. A oferta de uma porcentagem em empresas endividadas como compensação para os ex-funcionários também é no mínimo questionável e mostra uma falta de responsabilidade corporativa.

Por outro lado, José Ferreira, um dos dirigentes da Prudentte, admitiu que a empresa deve dinheiro aos ex-colaboradores, mas tenta diferenciar entre funcionários e prestadores de serviço terceirizados. No entanto, essa distinção pode parecer insensível àqueles que trabalharam arduamente para a empresa e agora enfrentam dificuldades financeiras significativas devido aos atrasos nos pagamentos.

Além disso, a alegação de que um investidor norte-americano está interessado em aportar dinheiro no Girabank, o que resolveria a questão dos salários, deixa muitas perguntas sem resposta.

É importante notar que Carlinhos Maia, fundador do Girabank, parece ter se afastado das empresas, não sendo mais um sócio desde o ano passado, segundo as informações divulgadas. No entanto, seu nome ainda é usado para promover o banco digital, o que pode gerar confusão entre os consumidores.