Frente fria e onda de calor; veja como será os próximos dias de inverno em 2024
Uma forte frente fria, acompanhada por uma intensa massa de ar polar, está se deslocando rapidamente pelo Brasil e promete derrubar as temperaturas no último fim de semana de junho. Este fenômeno trará o primeiro frio mais intenso do inverno, impactando principalmente a Região Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste.
Apesar deste início gelado, a previsão para o inverno aponta para temperaturas acima da média. Acompanhe como será a previsão do tempo nos próximos dias.
Cidades que vão enfrentar a frente fria
O avanço da frente fria deve provocar uma queda acentuada nas temperaturas, que será sentida em praticamente todo o país, conforme aponta a Climatempo. Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, destaca que o frio será mais intenso nos estados do Sul, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Mato Grosso do Sul.
A partir desta sexta-feira, a massa de ar frio começa a atuar no Rio Grande do Sul, e o pico de frio é esperado entre domingo e segunda-feira. A Região Sul do Brasil já está se preparando para um fim de semana com temperaturas negativas e fortes geadas.
No domingo, áreas mais elevadas da serra de Santa Catarina podem registrar até -8°C. Capitais como Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba devem registrar as menores temperaturas do ano, com mínimas de 2°C e 3°C, respectivamente.
No Sudeste e Centro-Oeste, o ar seco e quente ainda predomina, mas a frente fria começará a influenciar a região a partir da noite desta sexta-feira, aumentando a nebulosidade e provocando ventos de até 50 km/h. Em São Paulo, a mínima pode chegar a 10°C na segunda-feira, enquanto Cuiabá deve registrar 16°C.
Previsão para o inverno
Apesar deste início frio, a previsão geral para o inverno de 2024 indica temperaturas acima da média para a estação. Massas de ar seco no interior do país devem dificultar o avanço do ar polar, restringindo o frio mais intenso à Região Sul.
Meteorologistas alertam que novas ondas de calor podem ocorrer, especialmente nos meses de agosto e setembro, com temperaturas muito acima da média.
Dois principais fatores são responsáveis por essas anomalias climáticas: a persistência dos bloqueios atmosféricos e as águas aquecidas do Oceano Atlântico. Os bloqueios atmosféricos impedem que um número significativo de massas de ar frio avance para o interior do país, o que pode resultar em extremos de calor mesmo durante o inverno.
Além disso, as águas aquecidas do Atlântico interferem na atmosfera, alterando os padrões esperados para um inverno típico com a influência do fenômeno La Niña.
Enquanto o Sul do Brasil enfrenta geadas e temperaturas negativas, outras regiões do país também sentirão os efeitos da mudança climática. No Nordeste, o ar seco e quente continuará predominando, mantendo a região com muito sol e sem condições para chuva. Contudo, algumas áreas litorâneas podem registrar pancadas de chuva rápidas.
No Norte, a maioria das áreas seguirá com sol forte e calor, mas temporais são esperados em Roraima e pancadas de chuva no Amapá, norte do Amazonas e norte do Pará. A população do Acre e de Rondônia deve ficar atenta à chegada de uma friagem no fim de semana, com uma brusca queda de temperatura esperada para o próximo domingo.