Fim da Shein no Brasil? Lula toma decisão que pesa no bolso dos brasileiros

O Governo Federal está discutindo a aprovação da taxação de compras internacionais de até US$50, para e-commerce como a Shein. Essa é uma medida que pode alterar significativamente o comportamento de compra dos brasileiros em plataformas de compra on-line.

A taxação de compras internacionais de até US$50, proposta que faz parte do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), está em pauta para aprovação no Senado na terça-feira (4). Esta medida já passou pela Câmara dos Deputados e agora aguarda a decisão final no Senado. A iniciativa visa aumentar a arrecadação do governo e equilibrar as contas públicas, mas traz consequências diretas para consumidores que aproveitam a isenção para fazer compras em sites internacionais.

A aprovação da taxação é um passo significativo do governo Lula em sua estratégia de ajuste fiscal. Com a nova regra, todas as compras internacionais, independentemente do valor, estarão sujeitas a impostos, o que pode desestimular os consumidores a importarem produtos baratos. Essa mudança impacta diretamente o mercado de e-commerce, onde plataformas como Shein, Aliexpress e Wish são populares por oferecerem produtos a preços acessíveis.

A decisão do governo é vista como uma forma de proteger o mercado interno e estimular o consumo de produtos nacionais. No entanto, para os consumidores que se acostumaram a comprar produtos mais baratos do exterior, essa medida representa um aumento nos custos e pode pesar no bolso.

Shein.
Nova varejista pode tirar Shein do Brasil. (Reprodução/internet)

Lula e Haddad discutem se Shein fica

Além da taxação das compras internacionais, a agenda desta semana inclui outros eventos importantes que refletem a direção da política econômica do governo Lula. Na segunda-feira (3), o presidente Lula participou da cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), substituindo o ministro Alexandre de Moraes. Este evento marca uma mudança significativa no comando do TSE, com possíveis repercussões no cenário político nacional.

Ainda na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viaja para se reunir com o Papa Francisco. No encontro, Haddad abordará temas importantes para a agenda do G20, como a taxação de grandes fortunas e a luta contra a crise climática, destacando a tragédia recente no Rio Grande do Sul. Esses encontros refletem a preocupação do governo com questões globais e a busca por soluções que possam ter impactos positivos no Brasil.

Na terça-feira (4), será divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2024. A expectativa é que a atividade econômica resiliente do país continue influenciando a política monetária, com economistas vendo pouco espaço para cortes na taxa Selic a curto prazo.

Cenário Internacional: Decisões Cruciais pelo Mundo

Enquanto o Brasil se concentra em suas questões internas, eventos importantes também estão programados no cenário internacional. Na quinta-feira (6), o Banco Central Europeu (BCE) anuncia sua decisão sobre a taxa de juros da Zona do Euro. Com o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) acima do esperado, há incertezas sobre a possibilidade de cortes nas taxas de juros nesta reunião.

Na sexta-feira (7), a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA divulga o ‘payroll’ americano para o mês de maio. A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos é um indicador crucial para a economia global, influenciando as decisões do Federal Reserve (Fed) e os mercados financeiros internacionais.