Com o crescimento do trabalho remoto, a Itália surge como um destino atrativo para aqueles que desejam unir a vida profissional e a experiência de morar em um dos países mais bonitos da Europa. Recentemente, o governo italiano regulamentou o visto de nômade digital, ou seja, profissionais que trabalham em formato home office, sendo uma oportunidade para trabalhadores de fora da União Europeia, incluindo brasileiros.
Nômades digitais
Os nômades digitais são profissionais que utilizam a tecnologia para trabalhar de forma remota, o que permite uma maior flexibilidade em relação ao local onde vivem e trabalham. Dessa forma, esses indivíduos optam por um estilo de vida nômade, viajando com frequência e vivendo em diferentes lugares ao redor do mundo, muitas vezes por períodos prolongados.
Na Europa, a necessidade de visto para nômades digitais varia de acordo com o país em que desejam residir temporariamente. Alguns países europeus, como a Alemanha, permitem que nômades digitais permaneçam por até 90 dias sem a necessidade de visto, desde que não estejam trabalhando para clientes locais.
Outros países, como a França, oferecem vistos específicos para nômades digitais que desejam residir e trabalhar remotamente no país por um período mais longo, na maioria dos casos, até um ano. Porém, é necessário consultar como fica a situação para cada país, já que cada país define suas regras para a emissão desse tipo de visto, com exigências diferentes em cada região.
Até então, países como Espanha, Alemanha, Portugal e outros pertencentes à União Europeia (UE) já emitem o visto para estes profissionais. No entanto, o governo italiano publicou uma nova lei permitindo que pessoas sem passaporte da UE, ou qualquer outro visto, permaneçam legalmente no país e trabalhem por lá a longo prazo.
Requisitos para obtenção do visto
Para garantir o visto de nômade digital, os interessados devem atender a uma série de critérios. O processo, em muitos casos, é burocrático. No entanto, acaba sendo uma opção viável para viver legalmente na Itália por até um ano, com possibilidade de renovação. Os requisitos incluem:
- Renda mínima anual: Os candidatos devem comprovar uma renda anual mínima de 28 mil euros, o que equivale a cerca de R$ 156,5 mil por ano ou R$ 13 mil por mês.
- Trabalho remoto: O visto é destinado a profissionais que trabalham remotamente para empresas localizadas fora da Itália.
- Seguro de saúde: É obrigatório possuir um seguro de saúde que cubra tratamento médico e hospitalização durante toda a estadia.
- Acomodação: Comprovar a existência de uma acomodação na Itália, seja através de contrato de aluguel, reserva, ou compra de imóvel.
- Experiência profissional: Profissionais devem ter experiência relevante no setor em que pretendem trabalhar remotamente.
Documentação Necessária
No caso da documentação, a solicitação do visto envolve duas etapas principais: uma no Brasil e outra na Itália. A preparação antecipada dos documentos é essencial para evitar contratempos. Os principais documentos incluem:
- Passaporte válido por pelo menos três meses após a data de vencimento do visto.
- Fotografias recentes no tamanho de passaporte (3,5 x 4,5cm).
- Formulário de solicitação de visto de nômade digital obtido no consulado italiano.
- Contrato de trabalho em vigor.
- Prova de meios financeiros suficientes.
- Comprovante de experiência profissional.
- Comprovante de acomodação.
- Declaração de antecedentes criminais.
- Seguro médico.
- Comprovante de pagamento da taxa de solicitação de visto.
Os candidatos também devem possuir um diploma universitário de pelo menos três anos, uma licença profissional em sua área de atuação ou comprovar experiência notável por meio de documentação. Em relação aos membros da família, é necessário a aprovação da polícia local, e qualquer pessoa condenada por um crime nos últimos cinco anos será automaticamente desqualificada.
Para finalizar, é necessário ter seis meses de experiência profissional na área em que desejam trabalhar remotamente. Embora outros requisitos também possam ser solicitados, como passaporte válido, comprovante de ganhos remotos estáveis e seguro-viagem, que podem ser obrigatórios conforme a região.