Explosão no Sol que aconteceu no sábado (8) está atingindo e causando um fenômeno na Terra

No último sábado, dia 8 de junho, uma poderosa explosão solar de classe M9.7 ocorreu na mancha solar AR3697, gerando uma série de efeitos na Terra. A explosão resultou em um fenômeno conhecido como absorção da calota polar profunda (PCA), afetando as transmissões de ondas curtas de rádio, especialmente no Círculo Polar Ártico.

Neste caso, o fenômeno causou alguns efeitos na Terra, embora nem todos foram perceptíveis aos humanos. O primeiro registrado foi a interferência em ondas curtas. As zonas mais afetadas, marcadas em vermelho nos mapas de monitoramento, experimentaram apagões massivos. Além disso, as frequências abaixo de 15 MHz foram quase totalmente absorvidas, enquanto frequências abaixo de 35 MHz sofreram atenuações. 

Por enquanto, a causa do fenômeno é estudada por cientistas, mas o principal motivo está relacionado ao campo magnético da Terra, que canaliza os prótons acelerados pela explosão solar para os polos, onde seu efeito ionizante interfere nas comunicações de rádio.

Detalhes da Explosão Solar

A explosão de classe M9.7 é classificada como de intensidade moderada, próxima do limite para as mais poderosas. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) utiliza um sistema de letras (A, B, C, M, X) para classificar a intensidade dos raios-X liberados pelas explosões solares, com cada nível sendo dez vezes mais intenso que o anterior.

  • Classificação: A classe M denota intensidade moderada. Um M2 é duas vezes mais intenso que um M1, um M3 é três vezes mais intenso, e assim por diante. Portanto, a erupção M9.7 está próxima do nível X, o mais poderoso.
  • Localização da Mancha Solar: A AR3697 está atualmente posicionada de forma que seus prótons acelerados estão em direção à Terra, afetando a atmosfera e as espaçonaves próximas.

Impacto nos satélites da Terra 

A mancha solar não causa impactos perceptíveis na Terra e, por isso, pode acabar passando despercebido por muitas pessoas. Porém, os satélites da Terra podem ser atingidos pela explosão dos raios solares e sofrer algumas consequências. Neste caso, os prótons “nevando” na atmosfera superior da Terra e nos satélites podem causar diversos problemas. 

Em relação aos satélites, eles podem apresentar interferências, incluindo embaçamento de câmeras e reinicializações de computadores de bordo. Segundo previsões da NOAA, há uma possibilidade de tempestades geomagnéticas da classe G2, consideradas moderadas, caso a ejeção de massa coronal (CME) passe perto da Terra. Um impacto direto poderia causar tempestades geomagnéticas severas, mas é esperado que seja apenas um contato apenas de raspão.

Por enquanto, estão sendo realizados monitoramentos da situação. Através do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma parceria entre NASA e ESA, estão sendo realizadas pesquisas para entender a natureza do fenômeno e suas consequências, assim como preparar medidas de precaução para diminuir seus impactos na Terra. 

Conforme divulgado, cada partícula de “neve” observada no vídeo representa um próton energético atingindo a câmera da espaçonave. O Spaceweather.com relata que a tempestade de radiação atual é de categoria S2 (Moderada). Embora não represente uma ameaça direta para astronautas ou aeronaves, a alta fração de prótons “pesados” (> 100 MeV) pode causar problemas em naves espaciais e satélites.

Para finalizar, o fenômenos, até o momento, não apresentou preocupações graves, mas as agências aeroespaciais e cientistas devem continuar estudando e analisando a situação nas próximas semanas, assim a monitoração contínua e as previsões de tempestades geomagnéticas são essenciais para mitigar os efeitos em nossas tecnologias e comunicações.