Estudo mostra que Estados também morrem; entenda

Um estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences mostra que a ascensão e a queda das grandes potências são um tema recorrente na história.

A ideia de que civilizações, Estados e sociedades crescem e entram em declínio é comum, mas será que essa noção é verdadeira? Um grupo de arqueólogos, historiadores e cientistas da complexidade decidiu avaliar a veracidade dessa ideia e realizou o maior estudo já feito para determinar se o envelhecimento das sociedades pode ser observado nos registros históricos.

Para isso, os pesquisadores adotaram uma abordagem estatística sobre dois bancos de dados diferentes. Eles criaram seu próprio banco de dados sobre a “mortalidade dos Estados”, que contém 324 Estados que existiram ao longo de um período de cerca de 3 mil anos.

Além disso, eles organizaram o banco de dados Sehat, o maior depositário online de informações históricas do mundo, curadas por arqueólogos e historiadores. Os estudos usaram uma técnica denominada “análise de sobrevivência” para compilar o período de vida desses Estados.

Os resultados do estudo sugerem que os Estados realmente envelhecem e sua propensão a se extinguirem aumenta gradualmente ao longo do tempo. Essas informações podem trazer lições importantes para os dias atuais, uma vez que mostram que os Estados são mortais.

A análise se restringiu aos “Estados” pré-modernos, organizações centralizadas que impõem normas sobre um dado território e população, muito parecidas com os Estados-nações dos Estados Unidos e da China atualmente.

Estudo e pesquisa.
(Reprodução/Internet)

Estudo mostra lições para o presente

Apesar das limitações, os resultados do estudo têm implicações importantes para os dias atuais. Os Estados modernos enfrentam desafios complexos e muitas vezes interligados, como mudanças climáticas, desigualdade social, conflitos armados e pandemias. Compreender a mortalidade dos Estados pode ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes para enfrentar esses desafios.

Uma das lições mais importantes é que os Estados não são imortais e que sua sobrevivência depende de uma série de fatores, como a capacidade de se adaptar a mudanças, a eficácia das políticas públicas e a capacidade de lidar com crises. Portanto, é preciso investir em instituições sólidas e eficazes, além de políticas públicas que promovam o bem-estar da população e a sustentabilidade ambiental.

Outra lição importante é que os Estados devem estar preparados para lidar com crises e mudanças inesperadas. A história mostra que muitos Estados entraram em declínio por causa de crises externas ou internas que não foram adequadamente gerenciadas. Portanto, é preciso investir em sistemas de alerta precoce, planejamento estratégico e capacidade de resposta rápida.

Por fim, é importante destacar que os Estados não existem em um vácuo e que sua sobrevivência depende de sua capacidade de se adaptar a um mundo em constante mudança. Portanto, é preciso investir em diplomacia e cooperação internacional, além de políticas que promovam a igualdade e a justiça social.