Estes 2 esportes só existem nas Paraolimpíadas
Nas Paraolimpíadas de Paris 2024, 4.400 atletas de 185 países competem em 22 modalidades, disputando 549 medalhas de ouro.
Embora a maioria dos esportes paralímpicos tenha uma versão adaptada de modalidades olímpicas, dois esportes são exclusivos deste evento: a bocha e o golbol.
Estes esportes não possuem equivalentes nas Olimpíadas e são projetados especificamente para atender às necessidades de atletas com deficiências físicas e visuais.
Estes 2 esportes só existem nas Paraolimpíadas
Abaixo, conheça um pouco mais da Bocha e do Golbol, dois esportes que só existem nas Paraolimpíadas:
Bocha: Precisão e Tática em Jogo
A bocha é um esporte que, apesar de derivar do popular jogo europeu, possui características únicas no contexto das Paraolimpíadas.
Com origem no termo italiano “boccia”, que significa bola, o jogo é disputado em um campo coberto de 12 metros de comprimento por 6 metros de largura.
As partidas podem ser jogadas individualmente, em duplas ou em equipes de três jogadores.
O objetivo é simples: lançar ou arremessar bolas para que fiquem o mais próximo possível de uma bola menor, conhecida como “jack”.
O diferencial do jogo está na estratégia, pois a força e a distância do lançamento são secundárias em relação à precisão e à tática de bloqueio dos adversários.
O jogo também permite que atletas com deficiências severas participem, com a possibilidade de utilizar dispositivos auxiliares para lançar as bolas.
Desde sua inclusão nas Paraolimpíadas de 1984, a bocha tem sido uma modalidade importante para atletas com graves limitações motoras, oferecendo uma plataforma para competir em alto nível.
O Brasil, que conquistou uma medalha de bronze em Tóquio 2020, tem expectativas modestas para Paris 2024 devido à forte concorrência europeia.
Golbol: Competição e Reabilitação
Criado em 1946 por Hans Lorenzen e Sepp Reindle para reabilitar veteranos de guerra com deficiência visual, o golbol é um esporte coletivo que combina velocidade, força e estratégia.
O jogo é disputado por duas equipes de três jogadores, que têm como missão defender um gol de nove metros de comprimento.
A bola utilizada possui guizos internos, permitindo que os jogadores, com os olhos vendados, usem a audição para detectar sua posição e trajetória.
Com regras que exigem o uso de todo o corpo para bloquear a bola, o golbol demanda alta capacidade física e reflexos rápidos.
A modalidade foi introduzida como esporte de exibição nas Paraolimpíadas de 1976 e, quatro anos depois, foi incorporada ao programa oficial com a disputa de medalhas.
O Brasil tem se destacado nessa modalidade, conquistando a medalha de ouro no torneio masculino dos Jogos de Tóquio 2020.
Esses dois esportes, bocha e golbol, representam a essência dos Jogos Paralímpicos: a inclusão, a competição de alto nível e a superação de desafios físicos através do esporte.