O céu guarda enigmas que ultrapassam nossa compreensão, com um total de 934 relatos de avistamentos de óvnis registrados ao longo de 70 anos. Desde que o tema começou a ser monitorado pelos militares brasileiros, muitos desses eventos foram cuidadosamente documentados, principalmente em relatórios da Aeronáutica, atualmente preservados no Arquivo Nacional.
O estudo mostra que o Pará ocupa a primeira posição no Brasil, com 140 avistamentos, o que corresponde a 16% do total de registros no país. Na sequência, estão o Paraná e São Paulo, com 128 e 126 casos, respectivamente, representando 15% e 14% das ocorrências registradas.
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Estado com mais aparições
As informações foram obtidas a partir de documentos históricos e resumos confidenciais elaborados pelo Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), que compilou dados sobre os avistamentos até 2006. A coleta de informações teve início em 1952, quando os militares começaram a investigar e registrar os avistamentos de óvnis no Brasil, à medida que o fenômeno ganhava destaque global.
Com o tempo, todos esses documentos foram reunidos em uma coleção única, atualizada anualmente com novos registros. Qualquer indivíduo que testemunhe um fenômeno aéreo não identificado pode preencher uma ficha de controle e enviá-la ao Comae (Comando de Operações Espaciais), responsável pelo armazenamento das informações. Entre 2020 e 2023, durante a pandemia, houve um aumento no número de avistamentos, com 11% dos casos registrados nesse período.
Histórico de óvnis
Em 1977, o Brasil registrou seu maior pico de avistamentos de óvnis, com 85 casos, sendo 82 no Pará. Nesse ano, a população ribeirinha relatou a presença de corpos luminosos que causavam paralisia e outros efeitos nas vítimas, gerando pânico. A Aeronáutica enviou militares para a cidade de Colares (PA), onde ocorreram os registros mais graves.
Durante a Operação Prato, foram documentados avistamentos, mas sem conclusões definitivas. Já em 1986, 21 óvnis foram avistados em uma única noite em quatro estados, o que levou a Força Aérea a enviar caças. Os objetos foram detectados por radares e vistos a olho nu, exibindo comportamentos inexplicáveis.
Após esses episódios, a Força Aérea optou por estruturar os registros relacionados aos óvnis. Em 1978, foi estabelecida uma organização cronológica dos fenômenos, e, em 1986, foi criado o Nucomdabra, com a missão de preservar e analisar as informações, reunindo documentos que ainda geram grande interesse entre os especialistas.