Especialista afirma que Brasil será um dos países mais ricos do mundo em 50 anos

O Brasil está prestes a se transformar em uma das economias mais poderosas do mundo nas próximas cinco décadas, segundo um especialista do setor de finanças criptográficas. Nicolas Cary, cofundador e vice-presidente da Blockchain.com, compartilhou sua visão otimista durante a London Tech Week, destacando o potencial imenso do Brasil para o desenvolvimento de novos negócios e a atração de investimentos internacionais.

Cary enfatizou que o Brasil é a maior economia da América Latina e possui um enorme potencial de crescimento. Ele acredita que o país precisa criar produtos e serviços de valor que possam ser amplamente utilizados pela população. “O Brasil só precisa aumentar a visibilidade dessa oportunidade, ou seja, comunicar o que significa vender para 50 milhões de brasileiros de classe média”, afirmou. Cary prevê que, com o aumento do perfil econômico, o Brasil poderá estar entre os países mais ricos do mundo nos próximos 50 anos.

O especialista destacou que a chave para o crescimento econômico está tanto em ideias originais quanto na adaptação de modelos de negócios bem-sucedidos de outros países. “Se pudermos atrair capital para resolver os problemas do mercado brasileiro, poderemos ver uma série de inovações interessantes”, disse Cary. Ele sugeriu que modelos de negócios já testados e aprovados na Europa, Reino Unido e Estados Unidos podem ser replicados com sucesso no Brasil, impulsionando a criação de novas empresas e setores econômicos.

Apesar das questões políticas observadas globalmente, Cary não se mostrou preocupado com o impacto dessas instabilidades no crescimento econômico do Brasil. Ele mencionou a recente dissolução do parlamento francês pelo presidente Emmanuel Macron como um exemplo de instabilidade política, mas ressaltou que existem mercados de capitais globais dispostos a investir em regiões com boas oportunidades. “A boa notícia é que há pools de riqueza globais buscando lugares onde há oportunidades”, observou Cary.

Brasil sobe no ranking das maiores economias do mundo

Embora o cenário descrito pareça longe, a situação econômica do Brasil tem melhorado nos últimos anos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que o Brasil conseguiu se destacar no ranking, ficando na 8ª posição entre as 10 maiores economias do mundo nas projeções para 2024. Nesse sentido, o ranking é elaborado utilizando dados nominais, que corroboram as projeções divulgadas pela instituição para este ano.

Todos os anos, os países divulgam dados e informações sobre o desenvolvimento econômico, mostrando o quanto o país cresceu ou se houve mudanças significativas que afetaram a economia. Dessa forma, é possível verificar quais foram as regiões que mais se destacaram e apresentaram avanços. 

A estimativa utiliza o PIB (Produto Interno Bruto) atual no cálculo das previsões do FMI para as principais economias do mundo. Conforme indica o ranking, organizado por Alex Agostini, o Brasil apresentou um crescimento de 0,8% no 1º trimestre em relação ao ano anterior, assim o país somou US$ 2,331 trilhões no PIB. 

Dessa forma, os valores são um pouco superiores à Itália, país que antes ocupava a 8° posição no ranking. Em 2023, o Brasil era a 9ª maior economia do mundo, ultrapassando o Canadá, que hoje ocupa a 10° posição. Além disso, a projeção é que o Brasil fosse atingir a 8° posição do ranking apenas em 2025, mas mudanças na economia atual fizeram o país avançar antes do esperado. 

Abaixo, é possível conferir uma lista completa com as 10 maiores economias do mundo segundo os dados divulgados pelo FMI. Vale ressaltar que as informações são referentes ao ano de 2023. Veja quais são: 

  • Estados Unidos – US$ 28,78 trilhões
  • China – US$ 18,53 trilhões 
  • Alemanha – US$ 4,59 trilhões 
  • Japão – US$ 4,11 trilhões 
  • Índia – US$ 3,94 trilhões
  • Reino Unido – US$ 3,50 trilhões 
  • França – US$ 3,13 trilhões 
  • Brasil – US$ 2,33 trilhões 
  • Itália – US$ 2,33 trilhões 
  • Canadá – US$ 2,24 trilhões