Entenda porque a sua conta de energia vai aumentar em setembro
Os consumidores de energia elétrica no Brasil já podem se preparar para um reajuste na conta de luz neste mês de setembro.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária vermelha foi acionada, o que significa que o custo da eletricidade será mais elevado.
Mesmo após uma revisão que reduziu o impacto inicial previsto, ainda haverá aumento nas tarifas, afetando tanto as residências quanto as empresas em todo o país.
Entenda porque a sua conta de energia vai aumentar em setembro
A principal razão para o aumento está relacionada ao acionamento das bandeiras tarifárias, um sistema que ajusta o preço da energia de acordo com as condições de geração e consumo.
Em períodos de menor produção de energia nas hidrelétricas, que são a principal fonte de eletricidade do Brasil, o país precisa recorrer às usinas termelétricas, que geram energia a custos mais altos.
Atualmente, a seca que atinge a região Norte do país tem reduzido significativamente a capacidade de geração das hidrelétricas.
Com menos água disponível nos reservatórios, essas usinas estão gerando menos energia, o que obriga o governo a acionar usinas termelétricas para atender à demanda.
Esse tipo de usina, além de mais caro, tem impacto direto nas contas de luz dos consumidores.
O Brasil já enfrentou situações semelhantes em 2021, quando a crise hídrica também obrigou o acionamento de bandeiras mais caras.
Naquele ano, o governo chegou a criar a bandeira “escassez hídrica”, que permaneceu em vigor até 2022, impondo tarifas ainda mais elevadas.
Agora, em setembro de 2024, o acionamento das bandeiras tarifárias volta a ser uma ferramenta de controle, para equilibrar o consumo de energia em um cenário de baixa produção hidrelétrica.
A medida visa evitar um agravamento da crise energética, mas tem um custo direto para os consumidores.
Bandeiras tarifárias e o impacto na conta de energia
As bandeiras tarifárias são divididas em níveis, de acordo com a gravidade da situação de geração de energia.
Em setembro, a Aneel havia inicialmente anunciado o acionamento da bandeira vermelha no patamar 2, o mais elevado, o que significaria um aumento significativo na cobrança.
No entanto, após uma revisão técnica dos cálculos, o patamar foi ajustado para o nível 1, reduzindo o valor adicional que será cobrado na conta de energia.
Com a bandeira vermelha no patamar 1, o acréscimo será de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Se o nível 2 tivesse sido mantido, o custo adicional seria de R$ 7,87 para a mesma quantidade de energia. Ainda assim, o aumento é inevitável.