Entenda o que acontece com o “dinheiro esquecido” nos bancos
Na semana passada, encerrou-se o prazo para que os brasileiros pudessem resgatar o chamado “dinheiro esquecido” nas instituições financeiras, por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central.
Após a abertura para consulta e retirada dos recursos, muitos cidadãos ficaram sem acessar seus saldos.
Agora, surge a dúvida: o que acontece com esses valores que não foram retirados antes do prazo?
Entenda o que acontece com o “dinheiro esquecido” nos bancos
De acordo com o Banco Central, aproximadamente R$ 8,6 bilhões estavam disponíveis para resgate, pertencentes a milhões de pessoas físicas e jurídicas.
Com o fim do prazo em 16 de outubro, os recursos não sacados serão transferidos para os cofres públicos e incorporados ao Tesouro Nacional, conforme estabelecido pela Lei nº 14.973/2024, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Contudo, é necessário explicar que essa medida não é considerada um confisco, conforme esclareceu o Ministério da Fazenda. Os cidadãos que perderam o prazo ainda terão uma nova oportunidade de reivindicar seus valores.
Em breve, o Ministério publicará um edital detalhando os montantes recolhidos e estabelecendo um prazo adicional de 30 dias para que os titulares contestem o recolhimento do dinheiro esquecido.
Caso os interessados não se manifestem durante esse período, os valores serão oficialmente integrados ao orçamento público, mas ainda será possível recorrer judicialmente para reaver os valores dentro de um prazo de seis meses.
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Saque do dinheiro esquecido: Brasileiros terão nova chance
Os números impressionam: a maior parte dos beneficiários tem pequenas quantias a receber. Mais de 63% das contas têm até R$ 10, enquanto cerca de 25% possuem entre R$ 10 e R$ 100.
Há casos, no entanto, de valores expressivos. O maior valor já resgatado por uma pessoa física foi de R$ 2,8 milhões, enquanto uma pessoa jurídica chegou a recuperar R$ 3,3 milhões.
Incrivelmente, uma única pessoa ainda tem R$ 11,2 milhões de dinheiro esquecido, aguardando para serem retirados.
É essencial que os cidadãos fiquem atentos às publicações do Ministério da Fazenda para não perder a nova chance de solicitar seus valores.
Além disso, o Banco Central alerta para o risco de golpes. É importante lembrar que a instituição nunca envia links por e-mail ou SMS e jamais solicita informações pessoais ou senhas para a retirada dos recursos.
O resgate só pode ser solicitado diretamente pelas plataformas oficiais.
Com essa nova oportunidade, os brasileiros ainda têm tempo de resgatar o que lhes pertence e garantir que seus direitos financeiros sejam respeitados.