Entenda como funciona o novo empréstimo liberado pela Caixa, o E-Consignado

A Caixa Econômica Federal anunciou recentemente uma inovação que está prestes a revolucionar o acesso a empréstimos bancários: o E-Consignado. Esta iniciativa, apresentada pelo presidente do banco, Carlos Vieira, em parceria com os ministérios do Trabalho e da Fazenda, visa simplificar e ampliar as possibilidades de obtenção de empréstimos consignados, um modelo onde as parcelas mensais são descontadas diretamente da folha de pagamento do trabalhador.

Até então, o empréstimo consignado estava limitado aos contratos estabelecidos entre as empresas e os bancos, restringindo as opções disponíveis para os trabalhadores. No entanto, essa realidade está prestes a mudar com o advento do E-Consignado.

O empréstimo consignado tornou-se popular devido ao baixo risco para os bancos, uma vez que os descontos são garantidos pela folha de pagamento. O novo sistema E-Consignado da Caixa Econômica Federal propõe uma plataforma que centraliza propostas de empréstimos consignados de vários bancos, permitindo que os clientes escolham o banco de sua preferência com base em critérios como prazos, juros e taxas.

A Caixa resultará em custos mais baixos para os consumidores

A plataforma, atualmente em elaboração, atenderá inicialmente apenas trabalhadores com carteira assinada, com planos para ampliar seu alcance para funcionários públicos no futuro.

Espera-se que essa iniciativa impulsione a concessão de empréstimos consignados para profissionais CLT, especialmente considerando a notável queda nas concessões observadas pelo Banco Central, passando de R$ 27,7 bilhões em 2022 para R$ 18,2 bilhões em 2023.

O modelo do E-Consignado será semelhante ao FGTS Digital, uma plataforma lançada recentemente pela Caixa, que facilita o acesso dos trabalhadores CLT, incluindo os domésticos, a serviços relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. A expectativa é que esta plataforma beneficie principalmente os trabalhadores de médias e pequenas empresas, incluindo Microempreendedores Individuais.

Além disso, o governo tem estudado em ampliar a margem de consignação de 30 para 35%, alinhando o consignado ao padrão oferecido aos beneficiários do INSS. Essa medida, se aprovada, proporcionaria aos trabalhadores uma maior flexibilidade financeira e acesso a um crédito mais acessível.