Elon Musk indica perfis com fake news sobre guerra entre Israel e Palestina

A influência das redes sociais e das personalidades nelas é inegável nos dias de hoje e um exemplo dessa influência surgiu recentemente quando o bilionário Elon Musk, uma das figuras mais reconhecidas no mundo da tecnologia e dos negócios, indicou duas contas do antigo Twitter, agora conhecido como X, que estão sob suspeita de espalhar informações falsas sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Em um tweet, Musk sugeriu que seus quase 160 milhões de seguidores seguissem as contas @WarMonitors e @sentdefender para “acompanhar em tempo real” os eventos relacionados à guerra no Oriente Médio. No entanto, a escolha de Musk de recomendar essas contas levantou questões sobre a veracidade e a confiabilidade das informações compartilhadas por elas.

De acordo com o site Business Insider, essas contas já haviam sido flagradas espalhando desinformação no passado. Em maio deste ano, elas alegaram que uma explosão havia ocorrido nas proximidades da Casa Branca nos Estados Unidos, uma afirmação que posteriormente foi revelada como falsa. A publicação de Elon Musk sobre as contas suspeitas foi apagada aproximadamente três horas depois de ser postada, mas já havia atingido um público significativo.

Interações na rede social

Além disso, Musk também interagiu diretamente com uma das contas, @WarMonitors, quando esta fez uma publicação que descrevia as pessoas mortas em Beit Hanoun, no nordeste da Faixa de Gaza, como “mártires” que foram “assassinadas”. Musk argumentou que essas palavras não eram objetivas ou precisas e destacou a importância de usar terminologia precisa ao relatar eventos.

Essa situação ressalta preocupações sobre o papel das redes sociais e das plataformas online na disseminação de informações falsas e desinformação. Especialistas têm alertado sobre o uso do antigo Twitter, agora X, como um meio para propagar notícias falsas e esse episódio mais recente apenas reforça essas preocupações.

Mike Caulfield, cientista pesquisador do Centro para um Público Informado da Universidade de Washington, observou que o X parece estar falhando no teste de controle de informações falsas. Ele destacou que pessoas com selos azuis, que indicam autenticidade e influência, têm um incentivo financeiro para agir como repórteres de guerra, recuperando histórias antigas ou compartilhando imagens falsas.

Isso levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas de mídia social em combater a desinformação e como as personalidades influentes podem ser mais responsáveis em suas recomendações e interações online.